Tal como a menstruação é natural, o seu fim também o é. Refiro já que a fertilidade é (apenas) uma 'função' biológica acessível à mulher pela sua natureza, que distingue a fêmea do macho, sem por isso representar a desvalorização da mulher na vida social. A mulher existe antes e após o período de fertilidade. Há inclusive mulheres que após esta fase, que não é apenas uma transformação biológica mas energética, renascem e procuram como ânimo renovado criar um ambiente propício à sua identidade. Muitos mulheres fazem mudanças significativas na sua vida, procurando maior integração entre quem são, o que fazem e como vivem.
Continuando, a menopausa é um acontecimento natural mas muito particular e relativo. Pode acontecer em idades muito diferentes e manifestar-se de diversas formas.
Etimologicamente, a palavra deriva de duas palavras gregas que significam mês e fim.
O acontecimento, chamado de climatérico, conheceu a denominação Menopausa em 1816 a partir do artigo Avis aux femmes qui entrent dans l’âge critique (Conselho às mulheres que entram na idade crítica) de Charles Gardanne. Saiba mais aqui: https://journals.openedition.org/clio/1471 Em 1980 o termo peri-menopausa foi formalmente adoptado pela comunidade científica da OMS.
Voltando ao acontecimento, concretamente trata-se do fim do período fértil da mulher e portanto, do ciclo menstrual. Normalmente ocorre entre os 40 e os 50 anos da mulher mas pode acontecer antes ou depois.
O processo pode ser lento e para ser declarado são necessários 12 meses sem período menstrual mas até esse momento a mulher pode sentir vários sintomas que a vão acompanhado ao longo de meses, com maior ou menor intensidade.
Entre os sintomas podem estar alterações do sono, aumento de peso, alteração do metabolismo, alterações de humor, menstruações irregulares, secura vaginal, ondas de calor, arrepios, suor noturno, queda de cabelo, secura na pele e perda de volume mamário.
Este acontecimento pode afectar a vida social e íntima da mulher. É importante que a sociedade esteja sensibilidade para este facto e que o parceiro da mulher entenda e acompanhe a complexidade do processo.
Como digo sempre, em qualquer fase da vida, é importante a mulher manter-se hidratada: beber muita água, fazer exercício e comer de forma natural. A boa alimentação e os bons hábitos atenuam sempre qualquer acontecimento e têm sempre um impacto positivo nas consequências, sintomas e cura, ou neste caso, na vivência do processo.
E em breve publicarei dicas e suplementação para uma preparação holística nesta fase da vida…
