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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

28ª conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas


Desde 30 de Novembro até 12 de Dezembro, o Dubai recebe a 28ª conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas e além das contradições de quem se senta a negociar a redução de emissões de gases de estufa para a atmosfera serem alarmantes e preocupantes, os países mais poluentes nem fizeram questão de marcar presença.


O que devemos reter:

 - Nesta conferência os países mais poluentes a China, a Índia e os Estados Unidos estão ausentes.

- Na China mais de metade da electricidade vem do carvão. As minas de carvão da China foram responsáveis por grande parte do aumento das emissões de metano nos últimos dois anos.

- Os Emirados Árabes Unidos são um dos maiores produtores de petróleo do mundo

- O presidente desta conferência disse, num debate com a ex-Presidente irlandesa e antiga Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Mary Robinson, num evento online organizado pela iniciativa “She Changes Climate'' a 21 de novembro, não haver prova nem evidência científica que confirme que a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis é decisiva para atingir a meta de 1,5°C.


Num artigo do JN do dia 17 de Novembro leio isto:

''Nestes dias prévios à COP28, assistimos a várias contradições no que diz respeito à ação climática. Teoricamente preocupamo-nos com o clima, mas não queremos mudar o nosso estilo de vida e isso vai contaminando as políticas governamentais. No Reino Unido, o PM britânico apresenta-se agora como um fervoroso defensor dos automobilistas e das explorações petrolíferas no mar do Norte; na Suécia, país modelo na energia eólica, há um movimento massivo contra a produção dessa forma de energia; nos Países Baixos, o Movimento dos Cidadãos Agricultores, que tem na oposição às políticas verdes um dos seus eixos de ação, foi um dos grandes vencedores das eleições regionais; e dos EUA teme-se o pior nos programas eleitorais em 2024... Para além de incompreensível, esta hostilidade à descarbonização do planeta suscita riscos de escala imprevisível.''


E não é só isto, se há uma cimeira mas os líderes deslocam-se em aviões e barcos privados e comem carne, qual é a verdadeira intenção de acordar alterações estruturais? Que exemplo dão quando voltam aos seus países e impões medidas austeras e impopulares de combate à utilização de combustíveis fósseis? E enquanto continuam a comer bifes de vaca, alimentadas com a soja que destrói a floresta amazónica?

Por cá, porque não podemos estar sempre na cauda da Europa, parece que 60% da electricidade produzida provém de energias renováveis (tecnologias hídrica, eólica e térmica) mas a nível de estilo de vida e de consumo há muito por fazer.

Enquanto não compreendermos o impacto directo que a indústria de criação de animais tem na degradação das condições de vida dos humanos e do planeta, as mudanças serão lentas e pouco honestas.


Não há solução pois ninguém quer prescindir do estilo de vida que os mais ricos e remediados com pretensões a ricos rejeitam.


Os que de nós têm os olhos abertos, sabemos que a catástrofe que se abaterá directamente sobre nós e os nossos filhos foi o fruto da nossa ganância.


Mas que importa?

Depois de mim o Dilúvio!




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