Considerada um dos sete pecados capitais, tem espaço em consciências menos evoluídas, as quais se consideram num lugar inferior ao desejado e muitas vezes num lugar de injustiça perante as suas hipotéticas ou reais capacidades e em comparação ao outro.
O outro tem aqui um lugar central, é pelo outro que eu sinto inveja, é por tudo aquilo que o outro tem, que o outro manifesta e pela forma como é considerado no mundo. Trata-se de um desejo de posse ou de reconhecimento. Eu queria SER o OUTRO, eu queria a Mãe do outro, ser doutra família, a do OUTRO.
A inveja pode manifestar-se das mais variadas formas, levando inclusive a cometer actos bárbaros. Mas apesar disso, a inveja provoca um mal-estar principalmente em quem a sente, embora o objecto de inveja possa, certamente, sentir uma energia nefasta em sua direcção.
A necessidade de alguém querer ser igual ao outro, leva-nos a desejar a vida do outro. Isto acontece porque há uma profunda falta de enraizamento e de consciência face à minha evolução espiritual, à minha missão, enquanto ser integrante de uma energia colectiva, para além do material, provocando conflito e guerra. O Outro venceu a guerra, eu sinto ódio dele...mas queria ser ELE.
Se ninguém tem, não há inveja. Se todos temos, não há inveja.
Nesta fase do campeonato, não é possível, pois estamos centrados num EGO desintegrado, infeliz e inacabado, insatisfeito, sempre. Esse sentimento de inveja gera conflitos, base fundamental de todas as GUERRAS mundiais e guerrinhas pessoais...a CAUSA é sempre a mesma. A Natureza da nossa organização social, cria a inveja em cada um de nós, ela gera a necessidade do consumo, da posse, desde tempos imemoriais. Dentro das famílias, divide-as pelo ciúme, pela insegurança, pelo medo. Todo esse sentir negativo, vira-se contra os seus criadores, os invejosos.
Inveja gera conflito, conflito gera guerra...saia dessa condição: seja inteligente, não deixe os invejosos quererem o seu coração, a sua cabeça, o seu trabalho, ajude sempre e de forma anónima quem precisa, ame os mal-amados, eles só invejam porque espiritualmente são pobres, mas não alimente o sentimento de inveja ao ser diferente, seja frugal, sóbrio e sereno, não crie invejosos. O problema pode estar em si também.
Não há inocentes: se fui roubada, já roubei sem dar por isso, se calhar. A Lei da acção e reacção não falha.
Os refugiados, os que fogem, os oprimidos, querem a vida das sociedades mais ricas, morrendo na praia, literalmente. O desejo de possuir paz que o seu país não tem.
A Sociedade como um todo, cria a inveja. A mudança tem de ser individual. Viva com eles, não tem outro remédio para já, mas não seja como eles.
Procure e coloque-se numa vibração de amor, aceite as diferenças, as posses, os estados de vida de todos e encontre o melhor de si e da sua vida a cada momento. A transformação interior é que leva à mudança. Sentimentos como a inveja são densos e de vibração baixa, levando inclusive à doença.
O coração do invejoso é feito de pedra, incapaz de transcender-se, precisa de rituais mais ou menos poderosos para sobreviver, precisa de parecer, pois não É...NADA.
Fique contente com o êxito do outro pois todos somos um, em última análise... Não dê um tiro no pé.
