A água é o principal elemento do sangue, das células, do líquido nas articulações, da saliva e da urina (somos 70% água), e, por isso, vital para o bom funcionamento de todo o organismo. Se a perda de água não for substituída, ocorre a desidratação. E lembre-se: a sede já significa sinal de desidratação. Devemos beber água antes de termos sede.
A primeira coisa a fazer logo após acordar é beber água, de preferência água morna com umas gotas de limão.
Já falei deste tema neste artigo do blogue mas hoje vou dedicar este texto a um público muito específico: pessoas com mais de 65 anos, que pela ordem natural, apresentam já sinais de envelhecimento a que devem prestar atenção para terem uma velhice o mais saudável e independente possível.
A desidratação nos idosos é mais frequente do que pensamos, mesmo na nossa sociedade com acesso a água potável. Apesar dos idosos manifestarem menos sede, as necessidade de água são equivalentes às de um jovem adulto. Acrescento o facto de que o idoso pode perder mais água que um jovem adulto, devido a situações de doença ou situações mais comuns, como diarreia, sudação excessiva ou poliúria (urinar com frequência).
Um inquérito como 50 voluntários com mais de 65, realizado no âmbito da tese de mestrado em Ciências da Farmácia, em 2013 para a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, revelou que os idosos consomem menos água do que é recomendado, apesar da ingestão de bebidas e alimentos ricos em água. Aliás, em termos nutricionais, as necessidades calóricas do idoso diminuem mas as necessidades de fibras (frutos, vegetais e cereais) e proteínas continuam a manter a sua elevada importância.
O mesmo estudo aponta sintomas e características físicas que podem ser sinais de desidratação: boca seca (mucosa e língua), axilas e pele seca, obstipação, alterações visuais da cor e odor da urina, diminuição da quantidade de urina excretada, cansaço físico e mental, perda da capacidade de atenção, memória e dores de cabeça, perda acentuada de peso.
Com a idade existem alterações no sistema fisiológico, diminuição da capacidade imunológica do organismo, bem como de regulação hidro-electrolítica e uma redução global da água, pelo que é imperativo que os idosos bebam água mesmo que não tenham sede.
Eu sugiro que os idosos bebam 1 litro a 1litro e meio de água por dia, a par de bebidas como chá e sumos de fruta e refeições como sopas e caldos. E aconselho, como digo a qualquer pessoa de qualquer idade, que evitem alimentos e bebidas açucaradas, processadas, com gordura, com corantes e conservantes. Comer bem é essencial para evitar um esforço do corpo na recuperação de possíveis estados inflamatórios e excessivos níveis de gordura e açúcar no sangue.
Sugiro, ainda, que invista num bom filtro de água, já que infelizmente o nosso planeta está contaminado, desde o solo (lençóis freáticos) até à água (rios, mar e chuvas ácidas). Filtrar a água da torneira é a solução mais eficaz para eliminar as toxinas da água, é menos dispendiosa e que acarreta menos plástico e lixo.
