A mais difícil, se não impossível, traição de se perdoar e de se ultrapassar é a traição a si próprio.
Reconhecer uma relação, uma situação, um projecto ou uma profissão pela qual sintamos uma paixão tão forte que todo o nosso ser é impulsionado na sua direcção, será cada vez mais raro e por isso mesmo esse impulso quando acontece deveria ser respeitado e seguido. Quando escolhemos não viver esse impulso de alma, o sofrimento é tão atroz que nos marca para sempre, criando ressentimento, mágoa e tristeza. E mesmo que coloquemos a responsabilidade noutra pessoa, na vida e nas circunstâncias, interiormente sabemos que foi a nossa cobardia e falta de fé que impediram a vida de acontecer naquela direcção.
Esta é a traição mais difícil de perdoar, a que cometemos a nós próprios. Podemos encontrar um lugar de apaziguamento e de compreensão por quem éramos na altura da decisão mas contrariar os impulsos genuínos e reais do ser é uma violência que pode ser evitada.
Muitas vezes só passados muitos anos é que compreendemos o propósito da teia da vida, portanto, é preferível ter coragem e fé quando a sua intuição e instinto pulsam na mesma direcção.
Se não tiver coragem de assumir o seu EU superior e cumprir a sua missão, terá de repetir toda uma lição noutro percurso de vida… tenha coragem e não viva a sua vida corroída pelo veneno lento de uma cobardia violenta.
Tenha coragem e seja gentil consigo próprio my friend.
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