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Abrantes

Ar fresco de Abrantes


"Com toda a lustrosa companhia Joane forte sai da fresca Abrantes, Abrantes, que também da fonte fria Do Tejo logra as águas abundantes. Os primeiros armígeros regia Quem pera reger era os mui possantes Orientais exércitos sem conto Com que passava Xerxes o Helesponto;"


Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto IV, 23



É inevitável o cruzamento do percurso pessoal com o percurso profissional. Um influencia o outro, coexistem. Assim como o corpo físico influencia o espírito e vice-versa. Pessoalmente, recordo sempre as minhas experiências profissionais integradas com o meu crescimento pessoal.

Enquanto profissional, em Abrantes 'senti o ar fresco' da minha entrega à medicina. Quis o destino que a minha vida pessoal se desorganizasse para me mostrar como deveria estar organizada para que assim pudesse dedicar-me de corpo e alma à medicina, como seria suposto. Tenho a certeza de que o que estou a concretizar é o plano definido para mim.


É muito mais angustiante quando não compreendemos o que devemos deixar para trás (simbolicamente) para nos entregarmos ao que é suposto que façamos, uma espécie de missão. E a vida existe porque há movimento, porque há mudança e regeneração. O corpo precisa da regeneração das células e a vida acontece de forma plena quando estamos dispostos a regenerar e a aceitar que aquilo que tememos é aquilo que temos de fazer.


Há sempre a conotação de dualidade entre o bom e o mau, mas a relação é de bipolaridade, um acontece para trazer o outro, assim como a noite precede o dia.

Agradeço muito aos profissionais de Abrantes por tudo o que aprendi, todas as contribuições que me foram permitidas e todo o 'ar fresco' que pude sentir por finalmente estar dedicada à minha missão de vida.


Quando encontramos um lugar onde podemos cumprir a nossa missão com segurança, confiança e dedicação, há sempre um sentimento de realização e pertença. As missões vão-se cumprindo se estivermos atentos aos sinais, se cuidarmos da energia e se respeitarmos os nossos dons e paixões.


E para concluir, agradeço aos que foram os instrumentos do universo para que a minha saída acontecesse quando a minha aprendizagem estava terminada (na realidade, não me dei conta de imediato). Sem mágoa e com saudade, embora sem retorno, pois a vida flui como as águas do Tejo, flui quando tem água...




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