Provavelmente não ouviu falar da acrimalida mas importa reter este nome e compreender o que é e como se evita.
De acordo com o estudo Analysis of acrylamide, a carcinogen formed in heated foodstuffs publicado em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12166997/, a acrimalida é uma substância química encontrada em determinados alimentos ricos em hidratos de carbono (amido) e no aminoácido asparagina quando expostos a altas temperaturas, como é o caso de batatas e pão de trigo e centeio.
Cientificamente, a acrilamida é um composto de elevada polaridade, solúvel em água, e de baixa mas significativa volatilidade que se forma a partir das complexas reacções de Maillard.
A acrilamida forma-se naturalmente durante a preparação dos alimentos envolvendo um conjunto de factores: temperatura superior a 100 graus centígrados; presença de açúcares redutores; asparagina livre e baixa actividade da água.
A International Agency for Research on Cancer e a União Europeia classificaram a acrimalida como um carcinogéneo do Grupo 2Aa e da Categoria 2b e um mutagéneo de Categoria 2c, respectivamente.
Segundo a OM, no caso dos animais, a acrilamida em altas doses está associada a um aumento de cancros do sistema nervoso, cavidade oral, tiróide, mama, útero e testículos. Além disso apresenta também uma ação neurotóxica.
Se tem por hábito consumir hidratos de carbono como batatas e pão, saiba que que deve privilegiar as batatas cozidas na água, cozidas a vapor e assadas no forno. Deve evitar batatas fritas, caseiras ou de pacote. E nem me refiro à péssima qualidade dos óleos que muitos restaurantes têm. E se consumir torradas, evite queimar o pão e prefira tostar levemente ou aquecer na torradeira.
Além da via alimentar, a acrilamida ocorre em pequenas quantidades onde quer que as poliacrilamidas sejam utilizadas, como o caso cosméticos e em materiais de embalagem e até na própria água de consumo. Os cigarros também apresentam níveis de acrilamida, mas quanto a este hábito nada de bom se pode esperar.
Há imenso gatilhos que podem causar doenças cuja origem não compreendemos. A informação ajuda a conhecê-los e a evitá-los.
