Não são necessárias cimeiras atrás de cimeiras quando a vontade de mudar padrões comportamentais não existe em nenhum governo, em nenhum modelo económico, em nenhum lugar do planeta.
Mantemos as péssimas escolhas alimentares, a ingestão de carne e derivados, dos leites e derivados, permite e incentiva a desflorestação, a emissão de metano e de dióxido de carbono.
Claro que as doenças daqui decorrentes irão acrescer a despesa de saúde do Estado, com hospitais e profissionais de saúde em estado limite a tratarem os sintomas com fármacos cada vez mais potentes e mais lucrativos. Pode parecer simplista o que estou a dizer, mas é real.
Se não vê nesta imagem nada de grave, então deverá parar e olhar atentamente, para a imagem, para fora de si e para dentro de si.
Estamos a colher o que plantámos e ainda somos muito poucos para tamanha alarvidade de muitos, quer na alimentação como no estilo de vida luxuoso que polui mais do que cidades inteiras, globaliza e banaliza o mal.
Quantas cimeiras serão necessárias para se passar à acção?
Quem repete padrões errados e espera resultados diferentes, no mínimo será poucachinho ...Portanto não serão necessárias cimeiras climáticas se a vontade de mudar padrões não existe.
E somos TODOS responsáveis, não podemos COLOCAR na mão dos governos que elegemos, a culpa! A culpa dilui-se por nós todos, os consumistas e adeptos das sextas-feiras negras... E os governos são todos iguais porque a natureza humana é igual em toda a parte.
Tanto faz capitalistas como comunistas. Quebrar o padrão do consumo neste momento não é popular: não há alternativas, não as criámos atempadamente, o aviso de quase meio século no livro "O Ponto de Mutação" de Fritjof Capra caiu em cestos rotos. Precisamos de tomar consciência de que os modos de viver e de pensar devem mudar, a mudança individual e portanto social emergente é vital para a continuação da espécie.
Mas não se iluda: você não pode salvar o Mundo, mas pode mudar por dentro e crescer: e ao crescer vai adquirindo Paz no meio desta confusão.