Demonstrarmos ao outro as razões pelas quais somos merecedores de amor é um trabalho inglório. Se tem de mostrar ao outro que é merecedor de amor, então não será amado. É em vão que tenta mostrar ao outro o seu valor, seja porque acredita que o coração do outro é maior do que aparenta, seja porque acredita que estão predestinados (independentemente da espécie da relação).
Talvez a imagem que tem do outro seja apenas uma ilusão criada por si, lembre-se que tudo é uma questão de percepção. As ilusões são caminhos fáceis para mentes que estão abertas à energia do outro mas criam pântanos a quem não compreende o seu carácter infundado.
A sua energia deve estar concentrada em si, sem egocentrismo nem narcisismo, é o que deve ser. Desgastar-se com quem o ignora, despreza, maltrata e até manipula pode desequilibrar e desalinhar qualquer energia da sua fonte, do seu tronco.
Imagine uma árvore a tentar tocar o chão com os seus ramos. O solo é importante porque sustém a árvore mas a árvore deve seguir o caminho alto com majestade sem querer tocar o chão que apesar de importante não sai do mesmo sítio; aliás é a sua função manter-se estático.
Em última instância tente deslindar o significado dessa pessoa na sua vida, de forma a obrigá-lo a resgatar o seu poder pessoal a sua auto-estima, o seu amor-próprio. Se vibrar na energia do amor, se dentro de si semear o equilíbrio e a serenidade, não precisará de pedir, nem de demonstrar ser merecedor de amor, ele surgirá, das mais diversas formas.
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