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Analfabetismo funcional: o analfabetismo do século XXI


Há 30 anos quando surgiu a internet e a informatização do mundo, eu e muitos de nós fomos chamados com desprezo de novos analfabetos. Foi um ápice até o intelecto ser ultrapassado pelo pensamento informático.


Hoje a maioria da população vive dependente dos telemóveis, das aplicações (dos smartphones), do computador, da televisão, com as várias palataformas de séries e filmes de transmissão contínua (streaming), dos jogos de vídeo e dos aparelhos acessórios (gadgets), tornando-a mais dependente e menos autónoma e criativa, por um lado, e mais doente e obesa, por outro, já que todos estas tecnologias favorecem o sedentarismo.

É cada vez mais frequente estas pessoas verem encurtado o espectro de palavras que conseguem usar, na escrita e na oralidade. Mistura-se o português do país com o brasileiro, dão-se erros ortográficos atrozes, as frases têm uma sintaxe pobre e as palavras são substituídas por ícones (emojis). Eis o analfabetismo funcional do século XXI.


As pessoas revelam menos capacidade (prazer e vontade) de concentração para ler e interpretar um livro complexo completo e para descrever o que sentem ou fundamentar uma visão crítica sobre um determinado assunto.


Isto é grave e fará (aliás, já faz) com que entreguemos o poder de decisão das nossas vidas a outros e que percamos a capacidade de julgar, críticar e construir um código moral e ético que serve de base para o decurso da vida.


O abandono da leitura e da escrita cursiva, contribui para uma estupidificação que representará um atraso intelectual que demorará décadas a recuperar e a reverter. Quem resistir, fará a diferença e será destacado, digo eu.




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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