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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Aprender pela dor e pelo amor

Olhando para trás, todos certamente compreenderão as diversas etapas e desafios por que já passaram. Uns mais difíceis de ultrapassar do que outros, quer pela fase da vida, quer pelo desafio em si. Ressalvo que cada fase da vida pode (ou não) estar ligada a um amadurecimento espiritual e a uma reestruturação do carácter aliados a uma compreensão amplificada do que somos e onde estamos e com que intuito estamos e somos.

Quantos de nós percebem, passado algum tempo, que a sabedoria popular está quase sempre certa e ‘’há males que vêm por bem’’? Passamos então a encarar uma situação que nos pareceu aflitiva, injusta ou dolorosa como o melhor que nos poderia ter acontecido. A percepção deve-se, por um lado, à nossa limitada capacidade de compreensão a 360º no momento e por outro, a uma resistência à mudança, um grande apego ao hábito e à negação da espiritualidade, do que fica da individualidade (e à aceitação da morte física sem medo nem pena). Na destruição, construímo-nos. É isto que significa renascer numa única vida.

É que de facto e creio já falei nisto, todos nós temos acordos/contratos com as pessoas com as quais nos relacionamos e que assumem determinada importância. Uma vez aprendida a mensagem relativamente à vivência desse acordo, este cumpre-se e termina. Ou seja, as pessoas vão e vêm de acordo com as experiências pelas quais devemos passar para evoluirmos espiritualmente. Isto é recíproco. Assim que compreendemos o impacto dessa relação, algo muda em nós, o acordo cumpre-se e aquela relação pode esvair-se ou perder a sua importância, o que normalmente pode resultar num afastamento total ou na perda de alguma proximidade. Aqui é chegada a altura de nos libertarmos e de libertarmos, seguindo com paz e leveza.

É extremamente importante compreendermos racionalmente que devemos viver em desapego as relações que construímos e que as fundações mais sólidas são criadas por nós, dentro de nós próprios. Clarifico que isto não quer dizer que as relações que construímos são essencialmente todas frágeis e que podem ter terminar a qualquer momento. Normalmente só vemos a finitude quando esta nos é imposta.

Há também relações tão importantes, acordos/contratos tão fortes, que duram uma vida inteira e outras que virão ou que já foram. Todos nascemos com informação esquecida-é a Lei- mas que com muito trabalho da Consciência, da Mente e do Espírito, pode ser, em parte, percebida. Não nascemos completas tábuas rasas, nascemos com uma missão concreta e com as ferramentas e os atributos que permitem o cumprimento da missão, mas temos de desenvolver uma enorme clareza de espírito e inteligência emocional, de forma a estarmos sempre conscientes da efemeridade do corpo-veículo e da eternidade do espírito-casa. Será melhor aprender pelo amor do que pela dor, mas ambos transformam e são os dois faces da mesma moeda.




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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