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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

As crianças com acesso a redes sociais

A sociedade ocidental em 2022 circula maioritariamente entre o cansaço de cuidar das suas crianças, não compreendendo as suas necessidade de movimento, de comunicação e de liberdade/autonomia e o pavor de que algo lhes aconteça, que caiam, que se magoem ou traumatizem.


Não compreendemos que todos, absolutamente todos somos primariamente espíritos que nascemos para experienciar a vida sob a forma humana num corpo denso e neste mundo.


E que as crianças nascem para que os pais olhem para si próprios e se reeduquem, mudem, se comprometam mais com o amor e sentimentos nobres e virtuosos do que com os bens materiais e brinquedos que podem dar às suas crianças.


Hoje a tecnologia é ama, crianças muito jovens com 8, 9 e 10 anos já têm um telemóvel que podem levar para qualquer lugar e cuja ligação à internet possibilita uma rede de contacto com todo o mundo. Isto não é liberdade, é um grande engano. As relações das crianças e das pessoas jovens, adultos ou idosas devem-se consubstanciar na presença real, na troca (de energia). É assim que aprendemos a gerir emoções, a aclarar a intuição e a ligarmo-nos à vida. Precisamos do toque, do olhar, da energia, da cor, do som e do cheiro, enfim, de todos os sentimos.


Não introduzir as crianças nas redes sociais não é afastá-las da tecnologia, a que irremediavelmente terão acesso (quanto mais tarde melhor), é conduzi-las a um lugar de realidade e de presença, essenciais à construção da sua personalidade. Personalidade essa que precisa de alicerces fortes antes de ter acesso à profunda irrealidade das redes sociais.


Se der o telemóvel a uma criança, saiba que lhe está a negar tudo o resto: brincar, experiência, aprender, criar, construir, imaginar, e por aí adiante. Se precisa de apoio para cuidar do seu filho, peça ajuda e resolva uma mudança de vida se o seu problema é falta de tempo e paciência para 'entreter' as suas crianças. Este assunto é tão sério que já levou a que crianças cometam actos bárbaros contra si próprias, levando-as inclusive à morte, conduzidas por desafios anónimos que circulam nas redes sociais.


Devemos impor limites rígidos à tecnologia antes que ela tome conta de nós, principalmente das crianças, cujo crescimento e desenvolvimento depende tanto da brincadeira livre e do contacto com o outro.

Nenhuma faculdade , nenhuma religião, nada nos ensina que somos efémeros e portanto nada nos prepara para ensinar o desapego e a morte física como normais.




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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