Como habitual, andamos ocupados com assuntos que pese embora o seu grau de importância,não são determinantes para que situações urgentes sejam resolvidas e o panorama social e ambiental melhore.
Andamos entretidos ou entretêm-nos, ora com peripécias sobre a corrupção na política e na economia, ora com casos que polarizam a sociedade e acções concretas sobre a seca em Portugal, cada vez mais preocupante, os níveis de poluição com a concentração de partículas tóxicas no ar, o colapso nos serviços de saúde ou a má gestão da floresta em Portugal ficam em 'águas de bacalhau'.
E nesses assuntos realmente importantes, continua-se a dar mediatismo à polaridade entre os dois lados da questão, em vez de se compreender os impactos de cada posição. Quando um conhecido e controverso jornalista inglês (o Piers) o qual admite não gostar de pessoas vegans e confronta uma pessoa vegetariana sobre o impacto do comércio do abacate, obviamente está a tentar criar uma analogia sobre o que não é comparável.
Em primeira instância o abacate e o animal são seres diferentes, o segundo tem sistema nervoso central. Depois, a partir do momento em que se verifica uma verdadeira indústria sobre o comércio do abacate, com consequência devastadoras para as pessoas envolvidas, obviamente que se pode fazer uma escolha e consumir abacates de produção mais próxima e com garantia de comércio justo. Mas mais uma vez é o homem que torna qualquer oportunidade de comércio numa indústria que devasta territórios e populações.
Se o homem destrói o que cria, mata o que nasce e tortura o que tem vida,como podemos esperar que a sociedade evolua na espiritualidade como fim último e prescinda de alimentar- se com luxos e ganância da perecível matéria?
É urgente repensar o consumo na sociedade e a produção catastrófica para alimentar a sociedade de consumo. Mas a imprensa insiste em dinamizar o assunto do beijo à atleta espanhola.
E conheço tantos pseudo moralistas públicos e privados, grandes consumidores de revistas pornográficas e de comportamento dúbio na sua intimidade…
São os que atiram mais pedras!!!
E claro que o aproveitamento financeiro e indemnizações agora são uma mina de ouro…
Tudo para as plateias violentas!!!!
