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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Boa Páscoa sem droga on-line, sem sangue na estrada e já agora sem sangue no prato


O site da Serviço Nacional de Saúde tem desde 2020 um longo texto que alerta os jovens para os perigos do uso excessivo das redes sociais. (Somos exímios a criar coisas que nos prejudicam.)


Lê-se nesse mesmo site ''caso não exista a devida moderação, pode ser uma prática que pode originar problemas a nível mental e comportamental, como stress, ansiedade ou depressão.'' Se juntarmos a isto a perda de referências éticas e morais das famílias, não nos admiremos se encontrarmos jovens paralisados e sem esperança no que há-de vir. A tecnologia afecta as ligações neuronais cerebrais.


A adolescência, por si só, é uma fase de transformação física e espiritual, podendo acarretar muita confusão. É uma fase em que procuramos a nossa voz, delimitamos comportamentos, construímos identidade e afirmamos a nossa personalidade. É nesta fase que os nossos talentos e defeitos vêm à tona, obrigando-nos a escolher, decidir, compactuar ou rebelar.


As redes sociais devem ser usadas com muita consciência e clareza. São autênticos bombardeios, de novidades, informação interessante e banalidades. Nas redes sociais a imagem é alvitrada até à exaustão em detrimento das ideias e ideais. As redes sociais estão a substituir a comunicação oral e espontânea que nos obriga a pensar mais rapidamente e a assumir o risco de responder na hora. O que foi dito não se apaga, o que foi escrito já se apaga.


Se estivermos numa conversa não há bloqueios, nem tempos de espera, há o 'confronto' e a dignidade de estarmos perante outra pessoa, prestando-lhe tempo e energia. Estas referências têm de ser passadas aos jovens, para não corrermos o risco de nos tornarmos autómatos.


Precisamos continuar a manter relações cara-a-cara sem o telemóvel como subterfúgio. Consegue um jovem ler duas ou três páginas de um livro sem fazer uma pausa para ver as redes sociais? Consegue um jovem ter uma conversa sem meter a mão ao bolso à procura da pílula de evasão em que se tornou o telemóvel?


É que no comportamento dos jovens está o reflexo da sociedade do futuro e nós, pais e avós, temos responsabilidade nisso. Somos o exemplo que eles imitam e somos as referências que eles têm ou não têm. Portanto, na época de reflexão e silêncio que deveria ser a Páscoa, converse com os seus filhos e netos sobre estes temas, plante a semente da dúvida para que eles tenham curiosidade e um dia se questionem.




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