Falando de significados básicos: o Karma é a Lei da Acção e Reação; o Dharma, a Lei Universal da Ordem, Verdade e Justiça e Maya, a ilusão da existência, que se apresenta.
Estes termos têm origem nos Vedas (as quatro obras, compostas em sânscrito védico, que originou o sânscrito clássico e que foram transmitidas oralmente) e nos Upanishads (parte final dos textos védicos) e foram o esqueleto filosófico e espiritual da cultura Indiana e do hinduísmo durante, pelo menos, 3000 anos.
Karma é um termo com origem no sânscrito (antiga língua sagrada da índia) e significa “acção”. Esse termo era comum nas religiões budista, jainista e também hinduísta, tendo mais tarde sido adotado ainda pelo espiritismo.
As religiões orientais: budismo e hinduísmo e taoismo, doutra forma, são semelhantes na sua essência e basicamente são complementares.
Jesus Cristo, 600 anos mais tarde e noutra cultura, disse o mesmo: a lei do amor e do perdão transforma o karma em Graça.
A chamada lei do karma é o que liga o efeito a causa. Isto está relacionado, como é óbvio com a vibração energética e não com uma espécie de castigo moral enviado por um deus. Estando os seres e a terra ligados por uma energia subtil, é importante compreender que além do karma individual também existe o karma colectivo.
E como podemos libertar-nos do karma individual? Simplesmente perdoando quem nos fez mal, pedindo perdão (mentalmente, oralmente ou por escrito) e libertar esse peso, seja dor ou culpa. Aceitar que cada um faz o que pode ou sabe à luz da sua consciência e possibilidades.
Segurar ressentimento, ódio e rancor não permite a libertação do karma.
Perdoar e deixar ir não significa que se esqueça o passado, por vezes é impossível e marca a ferro o nosso carácter. Mas não pessoalizar a amargura é importante na libertação do karma.
Dizer mentalmente ou escrever uma carta à pessoa perdoando, pedindo desculpa, aceitar que o acordo tenha ou não tenha sido cumprido, libertar e continuar em frente. Largar o peso, a dor, o ressentimento e o ódio um dia de cada vez e com compaixão por mim e por todos.
A corda da dor não nos ajuda a subir e para a subirmos precisamos de abandonar essa dor, que muitas vezes é quase um modo de vida, o queixume e a vitimização podem tornar-se uma capa muito cómoda de usar. Somos feridos mas também ferimos.
A partir do momento em que aceitamos nascer aceitamos as regras do jogo. E essas regras são para cumprir, cabe-nos cumprir com o que nos comprometemos e não gerar mais karma. O que é extraordinariamente dificil.
imagem: Karma (acrílico sobre tela)de Olga CHujakova
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