Hoje comemora-se o 80º aniversário do grande pianista, maestro e conciliador do conflito do Médio Oriente, Daniel Barenboim (1942, Buenos Aires, Argentina).
Começou por ter aulas de piano aos 5 anos e depois com o seu pai, seu único professor de piano. Em 1952 Daniel Barenboim foi viver para Israel com a família e dois anos mais tarde para Salzburg, para que o jovem Daniel tivesse aulas de direcção de orquestra. Os professores consideravam-no um prodígio. Depois de estudar harmonia e composição estreou-se como pianista em Viena e Roma em 1957.
Enquanto pianista, o seu repertório dividia-se entre obras de compositores clássicos e românticos.
Entre 1975 e 1989 foi Director Musical da Orquestra de Paris, onde conduziu música contemporânea.
Daniel Barenboim fundou a West-Eastern Divan Orchestra em 1999 juntamente com o literário americano-palestino Edward Said (1935-2003) com o objectivo de juntar jovens músicos de Israel e países árabes. E sobre este projecto disse Barenboim: 'Não se trata de um projecto político mas humano''.
Em 2016 fundou a Academia Barenboim-Said como forma de oferecer a jovens músicos do Médio Oriente educação musical e em ciências humanas.
Na vida pessoal, destaco os casamentos com a violoncelista Jacqueline du Pré e depois com a pianista Elena Bashkirova, com quem teve dois filhos.
É director musical da Staatsoper Unter den Linden desde 1992. Acima de tudo um exemplo de dedicação que não se fechou no seu círculo de aplausos e prémios, sendo um cidadão empenhado em pacificar o conflito no Médio Oriente entre israelitas e palestinianos.
A Música como comunicação para a resolução de conflitos; como é uma linguagem universal, pode ajudar a resolver conflitos universais. E este grande Mestre também o será por ser um pacificador.
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