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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Dessalinização passiva

Atualizado: 8 de set. de 2021

As alterações climáticas, tornadas na ordem do dia por meio de activistas, cientistas e agora até cada vez mais por médicos e ambientalistas, têm tornado claras as mudanças que estamos a sentir no planeta. As preocupações, com mais ou menos sinceridade, têm-se estendido a empresas privadas e a governos, que têm sentido os custos económicos e humanos das já inquestionáveis alterações ambientais.


De uma coisa sabemos, somos responsáveis, quer pela nossa inacção, quer pela destruição e apropriação na natureza. As árvores dão-nos frutos, mas o carvão, gás e o petróleo somos nós que roubamos e utilizamos numa escala patológica - e isto já traz consequências.


Antes que encontremos novas formas de exploração indevida, procuremos propostas concretas e exequíveis. Aliás, propostas concretas há poucas e mesmo estas não são atractivas do ponto de vista económico.


Pensemos nos países com costa marítima. Eu e a minha colega médica, Nora Daniel escrevemos uma carta aberta, já enviada para a EDP e ainda sem resposta sobre uma solução praticável a curto prazo e sem dano.


Partilho a CARTA ABERTA:



Dessalinização passiva ou como irrigar desertos e resolver o aquecimento global


O planeta está a aquecer, o clima está a mudar e então?


Todas as medidas até agora propostas terão efeitos a longo prazo e com custos elevados.

Acabar com os combustíveis fósseis e optar por veículos eléctricos não resolve o problema, não com baterias de lítio, com custos ambientais elevados, que apenas mudam a poluição de sítio.


O mar está a subir e a inundar as costas, a submergir pequenas ilhas...


Então e o que fazer?


É simples, se há maior volume de água líquida, esta pode ser drenada para onde não cause danos mas pelo contrário, irrigue as terras, aumente a humidade do ar, aumente o efeito de espelho, arrefeça o planeta - tudo sem usar energia que não o vento ou o sol e sem usar metais pesados.


Eis a proposta:


Construir poços à beira-mar ou condutas que tragam a água do mar para o interior, usando a energia das marés ou através de moinhos de vento, conduzi-la por canais abertos até lagos no interior. Estes canais seriam ligeiramente elevados, de onde partiriam canais estreitos, cobertos por meios tubos, transparentes, mais largos - feitos de garrafas pet, possivelmente - que se enterrariam na terra a 2/3 cm, fazendo com que a água que circulasse nesses canais se fosse evaporando, condensando de novo na parede da cobertura e deslizando pelas paredes destas, infiltrando-se na terra.


Entre esses canais poder-se-iam plantar várias espécies de vegetação de espécies a definir.


Isto pode ser feito hoje, até nos desertos, criar mares interiores no deserto, reduzindo as tempestades de areia e aumentando a área florestada.

As plantas baixam a temperatura, aumentam a perspiração,aumentam a água na atmosfera e aumentam a pluviosidade, invertendo o processo de aquecimento.


Os árabes,num passado não muito longínquo e só com pás, irrigaram largos territórios para cultivar - o que fizemos desde aí?

O que fazemos com tanta tecnologia milhares de anos depois?



Por Fátima Santiago e Nora Daniel



Nota: a tradução desta para inglês, feita por uma tradutora profissional, foi enviada para Greta Thunberg e será enviada para entidades políticas e universidades.


Clique aqui para aceder à versão inglesa.






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