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Direito sistémico à luz das constelações familiares


Quase todos os dias faço viagens de carro, tendo por companhia a Antena 2. Quanto tenho a sorte de ouvir o programa Palavra Cruzadas da Dalila Carvalho, soam na minha cabeça sinos imparáveis de alerta que me levam a escrever muitas das reflexões que aqui partilho com quem me lê, faça gosto ou não.


Num destes episódios uma advogada decidiu deixar a profissão para se dedicar à família, aos filhos mais concretamente, regressando mais tarde à área de direito sistémico. Pelo que ouvir os sinos da minha cabeça alertavam para a semelhança com a prática de Constelações familiares pelo que fui investigar.


Descobri que Direito Sistémico é um conceito criado pelo juiz brasileiro Sami Storch baseado nas teorias das constelações familiares do alemão Bert Hellinger, que traz uma nova percepção relativamente ao conflito.


No fundo, trata-se da aplicação das constelações familiares em casos que podem escalar para uma intervenção jurídica. Parece-me interessante que uma advogada fale deste tema e traga à luz uma nova forma de catalogar a culpa enquanto responsabilidade, que normalmente é mais ou menos dividida pelos intervenientes. Mas o que me parece lamentável é que as Constelações Familiares não tenham sido referidas, levando as pessoas a considerar que só uma pessoa especializada em Direito Sistémico pode mediar um determinado conflito, quando as pessoas podem, elas mesmas, aceder a essa consciência, esse conhecimento.


Pessoalmente há dinâmicas familiares que ainda não foram ultrapassadas, mea culpa. Certamente todos nós temos várias situações de conflito que precisam de ser resolvidas ou pelo menos, numa primeira instância, compreendidas.


Acho interessante esta perspectiva das Constelações Familiares, e aconselho, no entanto, para evitar mais ruído e contra-informação, aconselho a leitura dos livros de Bert Hellinger e caso seja possível, a mediação de uma pessoa devidamente formada em constelações familiares. Os mestres e os professores são o pilar do sucesso da formação.


Engraçado como um seminarista alemão que após a segunda guerra mundial foi para uma tribo zulu da África do Sul para avaliar o seu comportamento na resolução de conflitos, tenha juntado essa mais valia ao conhecimento ocidental de psicologia e sociologia, fundamentando assim o Direito Familiar Sistémico.




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