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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Estado de sítio


É com tristeza que observo e participo numa sociedade em que a soberba impera, tornando implacáveis pessoas que deveriam ter a humildade de confiar na aprendizagem comum que todos viemos experienciar. Depois de sentir tristeza relativamente ao que assisto, fora de mim, sinto paz pelo trabalho que interiormente tenho vindo a fazer de forma a confiar e aceitar os desafios com resignação. No fundo, somos todos espelho uns dos outros. Mas ainda assim, prefiro confiar mais na minha ignorância do que em quem sabe tudo, cometendo, assim, erros crassos. Talvez estes erros sejam parte do projecto a que todos pertencemos. No fundo, o nosso estilo de vida está a matar-nos, a definhar lentamente o planeta e a deixar mais saliente que as nossas doenças são o espelho do mal que fazemos ao ar, à agua e à terra. O que recebemos é aquilo que damos.


Não estará na hora de despertarmos para a bondade, a gentileza e a compreensão? As nossas emoções, as nossas acções e os nossos pensamentos determinam e muito a ascese. Temos, portanto, uma quota parte de responsabilidade em vigiarmos a forma como superamos e compreendemos a vida e as pessoas: que nos interpelam, que se relacionam connosco, por quem sentimos atrito ou amor, a nossa família e amigos. Estas pessoas são exactamente quem precisamos para cumprir essa

ascensão espiritual e a sua importância no processo é inegável.


Sem mudança interior não há época festiva que nos banhe por dentro e precisamos todos de um 'banho por dentro'. Já somos demasiados a fazer demasiadamente mal ao mesmo tempo e a terra já não tem capacidade de decantar, filtrar, transformar, conduzindo-nos inexoravelmente a uma longa e dolorosa distanásia comum.




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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