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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Fast living Fast dying

O estilo de vida das populações ocidentais alterou-se significativamente ao longo dos últimos 50 anos.

Após a Segunda Guerra Mundial era urgente esquecer, era urgente ter esperança, viver em liberdade e render-se ao supérfluo, o aceno de entretenimento vindo do American Way of Life: tenham muita roupa, cozinhem menos, comprem comida feita e embalada, amamentem menos, trabalhem mais e distraiam-se mais, temos filmes divertidos, restaurantes de comida sempre rápida e sempre igual e música de todos os géneros. Façam sexo, procriem, tenham muitos filhos, morreu muita gente nas guerras… Não pensem, não sejam diferentes. Viva a uniformização do entretenimento. Viva a cultura do fast - fast fashion e fast food.

A luta pela “democracia” intensificou-se e a urgência por se viver aparentemente melhor e mais tempo, também. Os pobres queriam e querem ser ricos e os ricos queriam e querem ser milionários. Hoje é um disparate o que se consome e o que se desperdiça para manter os ricos ou a classe média/média alta. A ambição pela riqueza, por querer ter tudo e comprar tudo sem espírito crítico, leva a que os mais pobres continuem miseráveis. E com a globalização, a fugirem da miséria.

Acima da responsabilidade das populações estão os governos e as grandes empresas, mas, numa democracia, estes não estão a salvo do julgamento e do boicote da opinião pública. Aliás hoje vemos a pressão que a opinião pública exerce em várias dimensões de poder da sociedade.

É urgente que se repense a estrutura de consumo, que saibamos dizer não, consumir menos e resistir aos apelos do que chamamos progresso. Quando o Mundo está a morrer e exaurido pela praga humana, acha que se pode falar de progresso?

Toda a gente quer ter uma vida melhor e paradoxalmente a nossa atrevida e cega ignorância e esta ânsia por ter mais, é exactamente o que nos impede de viver melhor. E que nos está a matar.




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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