Reflexão
Desde que o Mundo tem humanos, estes lutam e roubam o que é dos outros. Esta é Natureza Humana. Poucos de nós aprendemos com as lições repetidamente por nós experimentadas.
Sentimo-nos sós quando alguém morre, a palavra "perdi a minha mãe, o meu marido, o meu filho, é por demais dita ,ouvida e sentida. Nada mais errado, tudo é ganho, a experiência da aparente perda, existe apenas no domínio físico, palco de experiências do Espírito e da Consciência Universal, da qual todos provimos; só que não nos lembramos. Na realidade, a perda é uma ilusão, pois nada morre, apenas a roupagem física pertence à Terra, nesta experiência. Se tivéssemos a Visão do Espírito já desperta, veríamos todos os que já partiram, mas que por motivos vários, permanecem connosco. PORTANTO a Felicidade existe porque o sofrimento existe...ambos são complementares...a maldade e a bondade, complementares, a guerra e a paz são complementares...
Voltando ao sublime livro de TOLSTOI: Kutuzov, o general russo, defendia que a guerra só seria ganha com tempo e paciência em oposição ao confronto directo contra o inimigo.
A soberba estratégia da paciência e da imobilidade, de prezar as vidas dos seus soldados era mais importante do que armar-se em herói.
ESPEROU pelo Inverno Russo que matou o exercito francês cinco vezes mais numeroso do que o seu; valeu-lhe a impopularidade perante os seus, mas ganhou a guerra.
O que estamos agora a assistir é igual.
O genocídio toca-nos porque é na Europa, perto de nós e com impacto directo nas nossas vidas.
Continuamos indiferentes aos desgraçados da Etiópia e do Sudão...e aos que continuam a morrer nas águas do Mediterrâneo.
Na guerra como na paz, a natureza humana, demasiadamente humana, permanece a mesma ao longo dos séculos.
E nesta cegueira espiritual em que nos encontramos, permaneceremos os actores sofridos até ganharmos o jogo, subiremos de patamar então, gratos pela experiência da solidão.
