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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Humanos, demasiado humanos


"Existe entre vós, homens de superfície, uma desconfiança mútua quando aplicais as vossas leis terrenas. Se bem que algumas delas provenham de uma ordem natural, não seguem o curso que a sua origem lhes deu, mas desviam-se, trazendo barbaridades que hoje aplicais como consequência de códigos que considerais verdadeiros, mas que na verdade carecem de substância.

Assim sendo, a vossa raça teme a aplicação das leis terrenas, duvida e procura escapar dos seus próprios juízes.

Como aplicar a justiça se não actuais com justiça? A confusão cresce de dia para dia por não existirem códigos morais; e o que chamais de ética é um tema do passado, hoje predominando só o culto e a submissão ao materialismo e ao poder da matéria. Não nos referimos só à carne, ao vosso traje físico, mas também aos vossos vícios, como o culto do dinheiro e o poder sobre os vossos semelhantes."


De uma forma muito terrena mas bem intencionada, poderemos também pensar que:

A vocação, a bondade e a competência nem sempre se conjugam e quando o fazem encontram o alto muro do sistema, este nome que engloba toda a gente, nem culpabilizar ninguém. É invisível, dilui-se, infiltra-se e pode corromper até os mais corajosos e bem-intencionados.


Quando nascemos, o mundo é sempre uma novidade, uma descoberta maravilhosa se somos cuidados e amados. Se o formos, tudo se torna mais fácil, o tal bom Dharma.


Quando começamos a crescer a bolha alarga-se, mas ainda assim temos um espaço em branco que nos permite alimentar uma "paixão"- palavra dúbia da qual não gosto,- vidé a Paixão de Cristo utilizada pelo Catolicismo - continuada pela vida, pelo que aprendemos, pelo que está por vir, pelo que ainda nos falta saber e descobrir, mas de uma forma desapaixonada, espiritualizada, não demasiado apegada à carne...


Quando entramos no mundo do trabalho formatados para o grande jogo, (LES JEUX SONT FAITS)-com obrigações e deveres, desmorona-se certa "paixão", ou melhor substitui-se a paixão, por uma dedicação mais elaborada a alguma coisa. E é essa alguma coisa que nos permite alimentar a paixão pelo tal espaço branco que a todo o tempo queremos preencher com algo que não sabemos o que é e que não implique obrigações.


Amar por amar e mais nada e viver pelo prazer de existir, seria a ILUMINAÇÃO. Claro que actualmente, esse é um tipo de iluminação ao qual a maioria de nós não alcança nunca.

Eis que vem aquele monstro estranho, gigante, que é alimentado por todos mas que ninguém sabe. E aqui o dinheiro, o poder e o prazer são a trindade que reina, levando todos a aceitar subjugadamente ou a iniciar uma revolta desorganizada contra ninguém em particular mas todos, no geral. A Sociedade assim nos formatou a TODOS, independentemente dos regimes políticos.


Há áreas deste sistema que essas guerras são permitidas e até gozadas como espectáculo pela imprensa e pela sociedade (no geral, claro) mas há outras em que esses jogos são fatais e causam muitos danos: físicos, espirituais e emocionais.

Esta reflexão é tão somente uma reflexão porque neste caso não tenho prescrição, a não ser o que digo sempre, se o bem-estar dos outros for colocado em primeiro plano, se houvesse clara intenção de justiça e igualdade, as decisões políticas não teriam apenas os números à sua frente. Ou as comissões nomeadas para investigar números... E alegremente este povo de brandos costumes, continua a adorar os 3FFFs, o Fado e Futebol e Fátima, crendo cegamente em dogmas... na venda de indulgências...e nos beijoqueiros.




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