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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Liberdade de crença


Debatendo-me diariamente e ao longo de tantos anos de serviço com a vida e a morte, tenho presenciado a esperança, a fé e a crença dos meus pacientes nas mais variadas formas. O cristianismo é apenas uma das formas de se viver em ligação com aquilo que acreditamos ser uma força superior. Nunca saberemos se é um placebo, mas tudo aquilo que nos ajude a encontrar paz, honestidade e bondade, desde que não fira outro, é válido.


Cuidar da saúde emocional é como sabemos, um dos aspectos mais importantes deste século. Vejam-se os números de morte por suicídio, os casos de depressão, ansiedade e ataques de pânico.

O cristianismo soube expandir a sua doutrina, através das escolas, conquistando os mais jovens, e criando doutrinas de controlo moral, ético e social. Sem qualquer crítica, é apenas uma constatação da disseminação: escolas, sacramentos, casas de repouso para idosos, orfanatos, associações lúdicas e musicais e igrejas em cada aldeia e vila. A inquisição foi a prova contundente que o ser humano é apenas humano e não que ainda não consegue almejar o divino; que existe nele, senão não estava vivo.

Depois veio ainda o espiritismo cristão codificado pelo Francês Alan kardec, católico devoto.


Felizmente vivemos num país com liberdade de prática e crença religiosas, em que o Estado deveria estar formalmente separado das práticas religiosas.

Se se sente com mais energia, melhor disposição e mais alegria quando professa algum tipo de crença, quando ora, quando faz um ritual de agradecimento, de limpeza e de purificação quer em casa quer no carro quer no seu banho ritual (SPA em casa com rosas e alecrim...) ,continue mesmo que para os outros pareça tão bizarro que nem consigam perceber quando tenta explicar e que distorcem quando comentam. "O que não vir com seus olhos, não testemunhe com a sua boca" (provérbio Judeu).

A partir do momento em que a sua crença e o seu ritual não causam dano a outra pessoa, e lhe transmitem boa disposição e saúde, não deixe que a maledicência interfira. Por exemplo, contemplar é uma forma de prestar culto à natureza. Meditar, uma forma de concentrar e não dispersar a sua energia. Hoje são aceitáveis, embora ainda vistos com estranheza, há uns séculos seria motivo para morrer queimado vivo perante os habitantes da sua aldeia. Faz algum sentido?


Os homens criam as religiões ,não a espiritualidade e espero que o futuro, para bem dos nossos filhos, seja o regresso à natureza, à conciliação, à harmonia e à livre descoberta da espiritualidade de cada um. Hoje parece que temos liberdade mas ainda há muito preconceito, que mais não é que ignorância. Como vê, nem todos os médicos são cépticos e nem todos os religiosos são espirituais.




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