Marguerite Yourcenar, pseudónimo da escritora Marguerite de Crayencour (1903-1987), uma grande referência na literatura francesa. Apesar de ter nascido em Bruxelas na Bélgica, dias após o seu nascimento Marguerite foi viver para a França com o seu pai devido à morte de sua mãe. Em 1914 a Primeira Guerra Mundial forçou a família a mudar-se para Londres.
O pai de Marguerite Yourcenar, Michel de Crayencour, foi o seu tutor, ensinando-lhe não só inglês mas línguas clássicas. Marguerite Yourcenar conclui os seus estudos sempre em regime doméstico. Além do seu pai teve outros tutores que lhe garantiram uma excelente educação e o gosto pela literatura francesa e russa. O pai proporcionou-lhe viagens tanto pela Europa como pelo Médio Oriente.
Escreveu o seu primeiro livro Le jardin des chimères (O Jardim das Quimeras) aos 16 anos, tendo sido financiado pelo pai numa edição de autor, já com o pseudónimo Yourcenar", anagrama de Crayencour. Em 1937 conheceu Virgínia Woolf com quem colaborou em várias traduções.
As suas Mémoires d'Hadrien (Memórias de Adriano, 1952) tornaram a escritora conhecida internacionalmente.
Marguerite frequentou a Universidade de Yale nos EUA e ensinou literatura francesa no Sarah Lawrence College, em Nova Iorque. A escritora acabaria por se naturalizar americana.
Marguerite Yourcenar foi a primeira mulher convidada para a Academia Francesa de Letras, em 1980, tendo ocupado o lugar em janeiro de 1981, sucedendo a Roger Caillois.
Em 1968 recebeu o Prémio Fémina e em 1972 o Prémio de Mónaco.
Termino com duas citações da escritora:
''Em todas as épocas há pessoas que não pensam como as outras. Ou seja, que não pensam como os que não pensam.“
''A felicidade é uma obra-prima: o menor erro falseia-a, a menor hesitação altera-a, a menor falta de delicadeza desfeia-a, a menor palermice embrutece-a'' (in Memórias de Adriano)
