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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Mindfulness

Se soubesse que iria MORRER durante esta noite, o que faria?


De facto, o sono nada mais é do que o ensaio diário de pequenos passeios feitos, por onde estávamos antes de nascer... e ninguém que seja malvado e queira o mal do outro, se torna santo só porque morreu..."que a terra lhe seja leve", dizia a minha avó Laura com imensa graça quando eu era pequena. "Não era boa rês vivo, não o será depois de morto." Tinha toda a razão ,o "elogio fúnebre" é para os que cá ficam por enquanto...é uma questão de perspectiva.


Tinha mesmo de facto muita razão: o trauma do nascimento na matéria é de uma violência extrema, sai-se de um ambiente aquático e amortecido cuja inferface é como uma nuvem protectora, ainda agarrados ao outro que nos acolhe e nos permite uma transição lenta e um suporte agora de matriz biológica e com nutrição constante e em que não precisamos de respirar, portanto não oxidamos nem envelhecemos...e de repente somos expulsos do paraíso: para o mundo aéreo e brutal que nos inverte a polaridade e obriga a gritar para continuarmos vivos...e de uma forma geral todos festejam menos nós ...e começa a solidão na matéria, a jornada dos sentires, da solidão, das emoções, dos prazeres, das vidas celulares e suas mortes programadas...

E de tal modo ficamos agarrados à vida que criminalizamos a morte, física, a morte é tabu, é negligência e é falta de competência médica.


Pensamos que somos imortais e vivemos de acordo com isso.


O parto espiritual, o final desse ciclo, será por todos nós medicalizado e deslugarizado ao extremo : como é possível morrer com tanta tecnologia e tanta ciência à nossa disposição?


PRATIQUE:


Atenção plena, em inglês Mindfulness - um termo tão conhecido hoje em dia.

E de que vale a pena recordar este conceito? Porque o presente é o único espaço temporal que realmente existe e sobre o qual vale a pena exercer a tal atenção plena. O passado já não existe senão na sua memória, o futuro não saberá se existe. Embora, na verdade, ele só se concretize no presente. Portanto, o futuro realmente não existe. Claro está que as obrigações de garantir o dia de amanhã nos impedem de vivermos como se hoje fosse o último dia. Mas, por vezes, estamos demasiado presos a convenções e a obrigações que nós próprios implantamos e das quais criamos tarefas e hábitos que nos ocupam a mente e o tempo.


Liberte a sua mente de dramas injustificáveis, enraíze o corpo mas tenha consciência que ele é um instrumento do espírito: e esteja presente. Aproveite a vida.

PORQUE SE MORRE COMO SE VIVEU, não tenha dúvidas.




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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