LEIRIA É uma cidade renovada, viva e muito atraente, cativando jovens e turistas. Na minha perspectiva Leiria é um viveiro de talento, uma incubadora de ideias, projectos, artistas e pessoas muito interessantes e interessadas. Sabia que a Igreja da Misericórdia é, na verdade, uma igreja dessacralizada, convertida na casa do Centro de Diálogo Intercultural de Leiria?
Leiria soube tornar o centro do país apetecível, talvez porque a própria cidade foi sabendo reinventar-se e reedificar-se, já que foi palco de inúmeras lutas e destruições, desde o tempo das lutas entre Dom Afonso Henriques e os Mouros.
Também eu devo muito a Leiria. Tenho a humildade de reconhecer que mesmo após tantos anos de serviço, há muito tempo não sentia, como senti em Leiria, um salto de crescimento tão grande. Os profissionais de Leiria deram-me muito, todos sem excepção. Estou-lhes profundamente agradecida. Juntos passámos uma das épocas mais difíceis de que temos memória, já que tínhamos de olhar pelos nossos e por todos. E foi esta união, generosidade e entre-ajuda que me fizeram crescer profissionalmente e não só porque o momento o exigia.
Se cuido e trato de pessoas, devo estar rodeada de pessoas competentes, colaborativas e prontas a partilhar o seu conhecimento e experiência. E também eu devo corresponder.
Sem dúvida, que Leiria foi um marco na sedimentação da minha já longa aprendizagem e prática médica. Recordo com carinho todo o meu percurso e pressinto que terminarei a minha prática médica quando o momento chegar, neste meio hospitalar que me permitiu conservar o meu perfil um pouco “outsider” e irreverente, sempre com um sorriso de acolhimento e com um respeito pela diferença que nos une.
Afinal o CAMINHO É FEITO PELO CAMINHANTE, AO CAMINHAR
