Felizmente hoje em dia pode recorrer a vários canais de informação e bem sabemos que a informação idónea já não passa apenas pelo jornalismo e muito menos nos telejornais, apesar de serem cada vez mais compridos e cada vez menos sérios. O jornalismo cada vez menos independente do poder político e da publicidade, torna-se apenas uma ferramenta de comunicação de massas que privilegia o drama, a catástrofe, apresentando o discurso como emotivo mas de forma cruel. Hoje vende-se emoção nem que para isso seja preciso extrapolar o que de facto aconteceu e até encenar. O jornalista está a tornar-se num canal de entretenimento, os telejornais não se preocupam em dar uma perspectiva nacional e internacional de assuntos diversos, mas rapidamente nos mostram o que faz um treinador de futebol, um político ou uma apresentadora de televisão, ou nos casos mais obscenos pela falta de moral e de respeito, desaparecimento de pessoas e suicídios.
Há falta de critério e de pluralismo e até a linguagem empobreceu. Nos debates políticos debatem-se mais pessoas do que ideias e projectos.
Hoje para nos informarmos convenientemente temos de desligar a televisão, procurar jornais, nacionais e internacionais, ler livros, ouvir rádios, pela rádio ou pela internet. Procurar opinião e crítica, muitas vezes o jornalismo está mais aqui no que nas redacções de televisão.
O instantâneo e espectacular vende! O resto fica escondido e muitas vezes o escondido será o que mais importa...
