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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

O novo normal

Hoje as coisas que acreditamos serem normais por serem recorrentes não são de facto normais, apenas recorrentes por representarem um estilo de vida 'pobre', 'deficitário' e 'negligente' e que se massificou.

Hoje o excesso de peso normalizou-se, como se normalizou o desperdício, o crescimento dos resíduos e do lixo. Hoje normalizou-se a comida rápida, a roupa barata e as viagens rápidas e low cost e já se sabe como se desvaloriza o barato e o rápido mas que ainda assim se compra e se usa de forma obsessiva, as promoções , os saldos… para se deitar fora rapidamente.

Hoje é normal ter obstipação (faço de 3 em 3 dias é normal), como é normal ignorar-se num doente muitas vezes crítico, o funcionamento intestinal, o qual é um dos sistemas de drenagem do corpo, sobretudo de um corpo doente.

Hoje é normal ter colesterol, diabetes, flatulência, azia e sensação de enfartamento. ; é normal ter alergias, eczemas e dores nas articulações ou músculos e insónias.É normal usar-se óculos em tenra idade, é normal usar-se ecrãs antes de se saber falar e andar.E será normal anti depressivos e indutores do sono.

É normal não se ter tempo para nada, sentir stress e ansiedade.

Esquecemo-nos que a nossa programação biológica e as nossas características fisiológicas não se alteraram assim tanto ao longo dos séculos.

Não fomos "feitos para este estilo de vida que criámos recentemente". Há factores externos como o excesso de ondas electromagnéticas, de calor, de poluentes físicos e químicos e mentais que desequilibram o nosso organismo e o nosso sistema nervoso. Mas à parte disso, o novo normal não é natural nem normal, apenas um reflexo de um estilo de vida em que se abusa do consumo da carne, de peixe, de processados, de recursos naturais, de matérias fabricadas e artificializadas e de utilização exagerada ; e matérias e materiais supérfluos.

Não se surpreenda nem ache portanto que é inocente, não há inocentes.Você sabe perfeitamente o que está certo e o que está errado.

Talvez seja mesmo tudo isto inevitável, o crepúsculo dos pseudo deuses e da sua cegueira espiritual : une-nos, infelizmente.

E não é a morte que nos separa, a morte une. É a vida que nos separa.

Heinrich Heine (1797, Alemanha–1856, França)






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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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