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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

O sentido da vida


Há uns bons anos fiz uma reflexão, no âmbito da minha pós-graduação em Cuidados Paliativos, que juntava dois livros, 'A Morte de Ivan Ilitch', de Tolstoi e 'As Terças com Morrie', de Mitch Albom. O que têm em comum? A temática da morte - um assunto a que todos fugimos mas que, como etapa da vida, todos vamos passar.

A morte recorda-nos que devemos procurar o sentido da vida e vivê-lo com fulgor, magia, compaixão, amor e alegria. E se inevitavelmente, o rico e o pobre, o famoso e o desconhecido, o doente e o saudável, o poderoso e o desapegado, enfim...se todos vamos passar pela morte, será preferível encará-la com naturalidade e calma. O sofrimento e a revolta não atrasarão a morte, pelo contrário.

E muito importante...não ignorar a nossa dimensão espiritual, religiões à parte - a espiritualidade é uma dimensão do ser humano, já a religião uma crença, fé do plano terreno.

O trabalho em cuidados paliativos faz com que tenha de deparar-me com diversas reações à morte, quer dos pacientes, quer dos seus familiares. O apaziguamento de uns, a revolta de outros. Analisando estas reações numa perspectiva maior e mais alta, como se visse de fora, percebo claramente que faz-nos falta falar da morte, como falamos do nascimento. Fazem parte da mesma experiência - a vida.

Quem sabe se houvesse sessões de grupo sobre o assunto, mais pessoas se apaziguassem com a nossa condição humana, por enquanto privilegiada em relação a outros animais.

Continua a ser importante encontrar o sentido da vida, passar pela vida e não deixar que ela passe por nós.




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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