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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

O verdadeiro homem espiritual


O homem comum que sente o chamamento da vocação religiosa pode nada ter que ver com o homem que procura, de forma consciente, a plenitude da sua espiritualidade. O primeiro tem várias condições para se tornar membro de uma organização religiosa que como todas as religiões tem hierarquias, regras éticas e uma imagem pública a conservar. Já o segundo pode não ter qualquer ligação a uma religião, normalmente segue uma filosofia, uma doutrina mas até isso pode não acontecer. O caminho da ascese espiritual é uma constante procura de equilíbrio entre a dualidade sombra e luz do indivíduo e a energia vital que está num plano superior.


O indivíduo espiritual procura canalizar a energia da terra, fazendo-a subir aos seus pontos superiores até ao topo da cabeça Sahaswara, onde se concentra a energia do céu, da luz e do divino. A concentração destas duas energias eleva o espírito, tornando o indivíduo menos humano e mais divino. E seria isto que todos os indivíduos religiosos ambicionariam atingir, uma espécie de contacto com um plano mais puro, mais sereno, mais luminoso e mais amplo. É normal o indivíduo espiritual não esgotar a sua energia de terra, de raiz, em relações puramente sexuais. Além da perda de energia, essas relações permitem que o outro entre no campo sagrado da aura, no qual nada deve perturbar.

O homem religioso tem o celibato como condição para o cumprimento da sua vocação. Não tendo consciência da sua verdadeira conexão espiritual, torna-se num mero funcionário religioso que como todos os funcionário é corrompido. A corrupção neste caso é gravíssima e intolerável porque fere pessoas vulneráveis que confiam e acreditam noutro ser humano para as guiar espiritualmente, tendo em relação a ele quase adoração e obediência.


O amor pode nada ter que ver com a religião, o amor é um estado de alma por todos e tudo, é um estado de serenidade, de paz, de dádiva e de elevação espiritual. Não confundamos espiritualidade com religião, já falei nisso e não me quero repetir. Nem confundamos celibato com pureza.


A humanidade não precisa de mais tecnologia, mais organizações nem mais gurus. A humanidade precisa de mais silêncio, compaixão, empatia, bondade e amor. A humanidade precisa de integrar a natureza e os animais no mesmo plano que considera o ser humano. E só mudamos o mundo quando nos mudamos a nós próprios. Através de mim o mundo verá a mudança, e através do mundo eu serei a mudança.


fotografia: filme Into the Wild




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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