Porque recorremos constantemente a entreténs como a televisão, as redes sociais e as festas? Não é só uma questão de evasão de um provável dia-a-dia aborrecido e monótono, mas de receio de percebermos o quão contraditório é o nosso estilo de vida e as nossas opções. Há uma espécie de bolha invisível e ilusória que nos transmite conforto, segurança e aceitação.
De facto, sair da zona de conforto, vencer o apego, afrontar a conivência social, decidir e assumir uma forma diferente de ser e viver pode ser cansativo e duro mas a mudança global só acontece com pequenas mudanças.
As mudanças são difíceis, vivemos enredados num conforto que não queremos questionar nem do qual queremos abdicar ou achamos que não podemos. Além disto, a necessidade de um sentimento de pertença é muito forte. Precisamos de nos sentir integrados, aceites e acolhidos. Como se ultrapassa isto? Quando a necessidade de mudança é muito forte, resistir só trará angústia e dor. A mudança naturalmente nova, trará pessoas à sua vida, com as quais se identificará mais.
Se sentir esse apelo não tenha receio e acolha a mudança. Precisamos urgentemente de mais conciliação com a natureza e com os animais. Cada ser humano que se aproxima da natureza, encontrando aí a sua pacificação, representa uma centelha de esperança para toda a humanidade. E isto é que é lutar contra os 4 cavaleiros do apocalipse: reconhecermos a nossa finitude, respeitando a natureza, não matando o próximo e reconhecendo o amor universal e transcendente, pelo qual estamos todos ligados em espírito, a chamada Fonte.
Porque os 4 cavaleiros do Apocalipse afinal somos nós.
