A ozonoterapia quando receitada e aplicada correctamente por profissionais de saúde devidamente habilitados, é um poderoso anti-inflamatório e analgésico, é um antimicrobiano antivírico e antifúngico, melhora a vascularização e aumenta a oxigenação.
Estudos preliminares indicam que no campo da oncologia é uma mais valia com terapia integrativa adjuvante que aumenta a eficácia da Quimioterapia / Radioterapia, elimina os seus efeitos colaterais, reforça o sistema imunitário e melhora a qualidade de vida.
Ainda há muita pesquisa para fazer em todo o mundo...
Desde a descoberta do ozono pelo químico alemão Christian Friedrich Schönbein em 1840, a sua utilização médica tem aumentado em diferentes partes do mundo e tem havido maior interesse pelos profissionais de saúde em saber como funciona e quais são os seus benefícios. No entanto, a sua consolidação como mais valia terapêutica não tem sido fácil, encontrando, ainda, resistência na comunidade médica. O seu reconhecimento a nível legal requer maior coordenação de esforços.
Países onde está regulamentada
A Ozonoterapia foi regularizada na Rússia em 2007 pelo Serviço Federal de controlo na área da Saúde Pública e Desenvolvimento Social, sendo o primeiro país no mundo a fazê-lo; em Cuba em 2009 pelo Ministério da Saúde Pública; em Espanha pelas Comunidades Autónomas de Baleares e Canárias (2007), Madrid (2009) e Galiza, Castela – La Mancha e Castilha e León (2010); em Itália têm-se verificado avanços significativos, a favor da Ozonoterapia nas regiões de Lombardia (2003), Emília Romagnha (2007) e Marche (2009) e foram aprovadas decisões judiciais favoráveis pelo Tribunal Administrativo de Lazio (1996-2003).
O que é o ozono?
O gás Ozono (O3), usado na Ozonoterapia, é um elemento gasoso que consiste numa molécula com 3 átomos de oxigénio. O seu funcionamento básico consiste em proteger a superfície terrestre de efeitos prejudiciais de radiação UV.
O Ozono para fins terapêuticos é facilmente absorvido pelo corpo humano, a molécula extra de oxigénio separa-se deixando apenas o O2. Desta forma, permite elevados processos de oxigenação e oxidação, ajuda as células do ser humano. Faz ainda com que as doenças causadas por vírus, bactérias, fungos ou parasitas regridam. No uso médico combina-se o Oxigénio e o Ozono denominado Ozono Médico em que o Ozono se encontra presente em concentrações (1 a 80 microgramas/mililitro), 30 vezes inferiores com o respectivo uso industrial.
Propriedades do ozono
Analgésicas – ao aplicar o gás no local da dor vai neutralizar os mediadores de sensações dolorosas.Anti-inflamatórias – O ozono tem um efeito anti-inflamatório directo.Anti-oxidantes e Anti-radicais livres – o ozono é o único meio conhecido, actualmente, que tem a capacidade de estimular todas as enzimas antioxidantes encarregues da eliminação de radicais livres.Germicida – elimina e inactiva todo o tipo de micro-organismos patogénicos tais como fungos, bactérias e vírus.Imuno-modulador – o ozono estimula o sistema imunitário em doentes com imunossupressão ou doentes auto-imunes.Revitalizante – O ozono tem capacidade de promover a recuperação funcional de numerosos pacientes afectados por patologias degenerativas.Regenerador – o ozono aumenta a capacidade do sangue para absorver e transportar oxigénio, melhorando a função circulatória e celular e promovendo a regeneração dos tecidos.As doses terapêuticas são divididas em três tipos segundo o seu mecanismo de acção:
a) Dose baixa: estas doses têm um efeito imunomodulador e utilizam-se nas doenças onde há suspeitas de compromisso do sistema imunológico.
b) Dose média: são imunomoduladoras e estimuladoras do sistema enzimático de defesa antioxidante e de grande utilidade nas doenças crónico-degenerativas tais como, diabetes, arteriosclerose, DPOC, doença de Parkinson, Alzheimer e demência senil.
c) Doses altas: utilizam-se especialmente em úlceras ou feridas infectadas. Também para ozonizar azeite e água. A ozonização de azeite nunca pode ser produzido com um gerador médico, porque não se pode evitar que o vapor do azeite se difunda nos tubos de alta tensão. O resultado é a produção de diversas substâncias muito tóxicas! Excepto nos geradores com válvula que cortam a saída do ozono.
Auto hemoterapia Maior (AHTM) (administração diluída intravenosa).
A escala de volumes a utilizar varia entre 50 ml e 100 ml. Volumes de sangue maiores do que 200 ml devem evitar-se para prevenir riscos de transtornos hemodinâmicos, principalmente em doentes idosos ou descompensados. O Kit de perfusão deve ser certificado e sob hipótese alguma devera ser usado materiais de PVC por provocarem reacções com o ozono.
As concentrações de ozono de 80 µg/ml e superiores devem evitar-se igualmente pelo risco aumentado de hemólise, diminuição do 2,3 DPG e uma consequente incapacidade de activação das células inmunocompetentes.
O número de sessões de tratamento e a dose do ozono a administrar dependera do estado geral do paciente, idade e a sua doença de base. Como regra geral em cada 5 sessões aumenta-se a dose do ozono e administra-se em ciclos que variam entre 5 e 20 sessões. Do ponto de vista clínico a melhoria do paciente apresenta-se entre a 5ª e a 10ª sessão, e considera-se que após a 12ª sessão os mecanismos de defesa antioxidantes já se encontram activados. O tratamento ocorre por ciclos e administra-se diariamente, de segunda a sexta e também poderá ser realizado 2 a 3 vezes por semana. Auto hemoterapia Maior (AHTM)
A escala de volumes a utilizar varia entre 50 ml e 100 ml. Volumes de sangue maiores do que 200 ml devem evitar-se para prevenir riscos de transtornos hemodinâmicos, principalmente em doentes idosos ou descompensados. O Kit de perfusão deve ser certificado e sob hipótese alguma devera ser usado materiais de PVC por provocarem reacções com o ozono.
As concentrações de ozono de 80 µg/ml e superiores devem evitar-se igualmente pelo risco aumentado de hemólise, diminuição do 2,3 DPG e uma consequente incapacidade de activação das células inmunocompetentes.
Declaração de Madrid junho 2010, adaptação livre de excertos considerados mais importantes
