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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Paixão, atracção, traição


O que não experimentamos enquanto puros espíritos, é a individualidade, o EGO; o ego criado de cima para baixo e não o contrário.


Se você não experimentar a separatividade, a consciência de ser um ser separado de todos, não vai conseguir apreender a transcender-se e a ser novamente parte de TODO: para tal há leis que regulam a densificação e a individuação, a formatação de linhagens celulares cada vez mais densas e que se agrupam segundo matrizes desenhadas superiormente e com esse objectivo.

O grande problema a gerir é, portanto, o da solidão: é dela que provêm todos os conflitos, todas as batalhas, toda a Guerra: é a guerra do medo de ficar só.

Inevitavelmente estamos apegados à carne, entenda-se à matéria, esquecendo-nos que somos mais que o corpo físico que nos sustenta.


Numa relação entre duas pessoas, os desafios são constantes e o nosso estado de espírito e saúde emocional facilmente são afectados por atitudes do outro. E estas são sempre percepcionadas e avaliadas tendo em conta os nossos valores e convicções individuais mas também as normas da sociedade em que vivemos, as tradições e as crenças.


Quando um corpo se sente atraído por outro, liberta feromonas, que são substâncias bioquímicas que provocam excitação ou estímulo. Simplificando, a atração química significa que o código genético de ambos é compatível e que o complexo de antígenos leucocitários humanos ou HLA (sigla em inglês: Human leukocyte antigen) é distinto ou oposto. Esta informação química é um indutor de procriação com vista à perpetuação da espécie. Esta atração está ainda subjacente à percepção da beleza, já que a pulsão sexual tende a guiar-se para o que é belo e forte.


A atração física, explicada pela química, poderá ser a porta de entrada para a aproximação de duas pessoas mas a verdadeira intimidade e ligação acontece ao nível imaterial, ao nível do espírito.


O espírito transmite a energia que vai estimular a bioquímica, sendo o cérebro o interface entre espírito e matéria. Portanto, na realidade tudo começa no espírito, na energia que existia antes da materialização da energia dos átomos e adensamento da matéria.


As demais pulsões como as várias fomes e o sexo pertencem à matéria e fazem parte da experiência que é a vida. A traição acontece porque desde o nascimento que nos sentimos sós. A solidão é um conceito e uma experiência relativa à matéria. Sentimos esse medo, que surge imediatamente com a violência do nascimento, do corte do cordão umbilical e da primeira respiração, pelo que procuramos o peito da mãe, a ligação da matéria e o cheiro (feromonas da mãe).


O medo é outras das nossas pulsões, o medo da solidão é o que nos leva a criar e manter relações sem estrutura e que nos provam essa sede de procura constante.

Continuando sem consciência espiritual, a matéria é facilmente guiada por impulsos vazios que provocarão um agravamento da solidão e do medo.




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