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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Reaproveitamento e dessalinização


Já não é a primeira vez que falo neste tema, será porque constato que há soluções mais sustentáveis para o arrefecimento global e poucos governos se interessam por elas? Talvez as acções só aconteçam quando a economia se ressentir ainda mais e as acções de urgência, quase sempre atabalhoadas, improvisadas e ineficazes não tenham frutos.


A ideia de que a água é inesgotável porque chove, e pode ser usada a nosso bel-prazer está cada vez mais longe da verdade. Devemos tratar a água, principalmente a água canalizada,como um bem precioso que deve de ser cuidado e reaproveitado.


Como sempre, actuar de forma preventiva traz mais resultados e prolonga o seu efeito. No caso da dessalinização e tratamento do esgoto,li um artigo sobre Israel. Neste caso o artigo descreve como o país pensa a gestão de água de forma particular e atendendo ao seu território, aos seus recursos naturais e ao reaproveitamento da utilização da água (reaproveita cerca de 87%, um número impressionante, mas mais impressionante é o desperdício dos demais países).


Desde o aproveitando da água dos esgotos, devidamente filtrada para irrigar a agricultura, até à dessalinização da água do mar para consumo, Israel contornou a suposta infertilidade do solo e a limitação de recursos hídricos, permitindo abastecimento à população e a criação de agricultura ao ponto de exportar fruta. Um trabalho que começou a ser feito em 1937, já que em 1930, quando a Palestina estava sob o Mandato Britânico, estes declararam que entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo só um número limitado de pessoas poderia viver.


Todas as medidas tomadas por Israel têm como componente fundamental a tecnologia que permite a irrigação mas também sensores que medem a radiação, humidade e salinidade do solo, de forma a libertarem a quantidade de água que a terra precisa. Este sistema substitui o sistema de inundação em campos para cultivo de arroz, milho e trigo, apesar de ser prática corrente.


Certamente e como em tudo há pontos negativos, desde as construções necessárias, à dependência da inteligência artificial, o controlo das necessidades de água do solo e das plantas e do alto consumo do mecanismo de dessalinização. Mas, ainda assim, é necessário estar constantemente a planear soluções que respeitem todas as formas de vida, de forma a causar menos impacto e a obter os melhores resultados. O planeta é um todo e todas as espécies de fauna e flora são essenciais.


Partilho os links dos artigos que li na impressa sobre este tema e o artigo que já publiquei sobre a Dessalinização, com uma carta aberta que redigi com uma colega e enviei à EDP, sem resposta, obviamente!




foto: Super Interessante




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