Se acha que uma acção individual não conta, recorde-se estes dois exemplos:
Rosa Parks (1913-2005, EUA)
Em 1955, Rosa Parks recusou-se a cumprir a lei da segregação racial no estado de Alabama, nos EUA. Segundo a lei, ela, sendo negra, deveria ceder o seu lugar no autocarro para que um homem branco se sentasse. Ela recusou-se e foi presa. A prisão dela levou a que a comunidade negra se juntasse - 40 mil pessoas - e boicotasse a utilização dos transportes públicos enquanto as leis discriminatórias não fossem extintas. O boicote durou 381 dias, causou perdas económicas e a lei foi extinta.
Domitila Barrios de Chungara (1937-2012, Bolívia)
Domitila Barrios de Chungara foi uma mulher mineira, que esteve envolvida nas reivindicações dos mineiros contra a exploração e os abusos dos grandes empresários, facto que a levou em 1967 a ser presa e a sofrer tortura de tal como forma que, como estava grávida, acabou por perder o seu bebé (Massacre de San Juan).
Em 1978, Domitila iniciou uma greve de fome da capital La Paz, com mais quatro mulheres, contra a ditadura do seu país. Ninguém acreditou que elas pudessem mudar o rumo dos acontecimentos, mas a elas foram-se juntado mais pessoas e em poucos dias eram milhares, sem comer e sem trabalhar. Sem outra alternativa, a ditadura caiu e deu lugar à democracia.
Felizmente a história do mundo está repleta destes bons exemplos, afinal uma acção individual pode despoletar a acção de milhares de pessoas. O caso de Greta Thunberg, adaptado às problemáticas actuais e com contornos muito diferentes é outro bom exemplo.
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