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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Seca como espelho da poluição


Segundo um artigo da National Geographic de 2020, Portugal enfrenta períodos de secas mais longas e intensas e veja em que ponto estamos em 2022.


Segundo o mesmo artigo, 'A análise do stress hídrico de 1941 a 2019, apoiada nos dados de mais de quatro dezenas de estações meteorológicas que funcionam no território de forma continuada, tanto revela episódios de seca entre 1944 e 1945 e entre 1948 e 1949 como entre 2004 e 2005, entre 2011 e 2012 e a série de três anos, entre 2017 e 2019.'


Claro que a seca não é novidade em Portugal, mas agora a frequência destes episódios é maior, mais prolongada e estende-se a uma maior percentagem do país.


A água 'existe no gelo das calotes polares, no vapor que circula na atmosfera e no estado líquido nos rios, lagos, mares e massas de água subterrâneas. O ciclo hidrológico - a circulação da água entre a atmosfera e o globo terrestre - está sujeito a pressões externas, como a poluição, o uso excessivo, a introdução de espécies exóticas e até alterações físicas, como alterações de caudal.' (Agência portuguesa do ambiente).


Portanto, está à vista o impacto da poluição, da utilização dos combustíveis fósseis e da pecuária. E a solução não é mudar do pior para o mau, é mudar radicalmente o estilo de vida e a percepção de sucesso e conforto que temos. Algo está muito errado quando temos pessoas a viajar em aviões particulares, a frequentar resorts com desperdício de comida, água e plástico e mais de metade da população no limiar da probreza. Os recursos estão mal distribuídos porque isso interessa. A pobreza, a poluição e a doença enriquecem bolsos que querem viver à grande. A nós, cabe-nos:

. mudar de estilo e vida e não compactuar com indústrias e marcas poluidoras;

. deixar de idolatrar pessoas, como nós, que são ricas e famosas;

. participar na vida política de forma a exigir políticas mais responsáveis

. deixarmos o papel de consumidores compulsivos e passarmos a simplificar as nossas necessidades

. resistir à alienação das redes sociais e da televisão e recorrer a livros e a círculos de debate que nos façam pensar e nos incomodem.


Fazendo uma analogia com a doença que provoca alterações no estilo de vida, fá-lo porque nos incomoda, porque nos limita. O mesmo deve acontecer com o nosso estilo e vida, não o incomoda a poluição, o maltrato dos animais, o enriquecimento de elites e a destruição do planeta?


Foto de José Sérgio no "Público". Albufeira do Alto Lindoso.




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