SETEMBRO marca o regresso às aulas e são cada vez mais os testemunhos de alunos e professores desanimados e desmotivados. Os sinais são claros e infelizmente o sistema teima em manter-se fixo a paradigmas ultrapassados.
As crianças querem ser ouvidas e precisam encontrar um ritmo de aprendizagem mais próximo de si mesmas, os adolescentes agarram-se aos ecrãs, também porque já sabem os que os espera e não encontram lugar para canalizar a força vital que faz parte da fase da vida pré-adulta que impele a emoções e experiências. Por outro lado, os professores, sedentos de serem ouvidos e de encontrar alunos com vontade de aprender, tentam de várias formas chegar às crianças e adolescentes com mais ou menos estratégias que juntamente com as infinitas reuniões com os seus pares, lhes tiram tempo que seria útil para dedicarem à sua evolução. Um bom professor é um eterno aluno, só desta forma tem manancial para dar e só desta forma alimenta a paixão inicial, motivando assim que o ouve.
Há dezenas de anos que nasceram formas pedagógicas dirigidas à aprendizagem integral do ser humano e que poderiam ser aproveitadas pelos governos, pelos sistemas escolares, que se tornaram mais uma empresa hierarquizada e de olhos postos no sucesso. O que é o sucesso escolar? Passar nos testes e depois esquecer tudo?
Maria Montessori desenvolveu o Método Montessori em 1907 na Itália, Rudolf Steiner criou a Pedagogia Waldorf em 1919 na Alemanha e outros métodos foram criados há tempo suficiente para se tirarem conclusões precisas sobre a sua eficácia.
O mesmo se passa na medicina, a medicina convencional continua a virar as costas a métodos complementares mas que são essenciais para a manutenção de saúde: acupunctura, nutrição e osteopatia sacrocraniana (fabulosa para bebés que choram muito, que regurgitam e para crianças hiperactivas).
Pergunto até quando viramos costas a todas as soluções já estudadas e que tornam a sociedade num lugar mais justo, acolhedor e feliz? A felicidade também dá saúde e seria bem melhor morrermos de velhice em casa do que de doença no hospital, sei bem do que falo.
foto: Nicolás Encina
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