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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Sobre a integridade ou estar de bem com Deus e com o Diabo


O homem sempre procurou saber desde o princípio dos tempos, a sua razão de ser neste mundo.


No Mundo Ocidental foram os Gregos os precursores das bases filosóficas da criação do Universo.


A nossa filosofia actual, continua alicerçada no pensamento grego: O Cristianismo e Judaísmo incluídos, afinal a Europa Judaico Cristã vem do pensamento grego antigo. E o pensamento grego antigo é dual.


Reparem que os Evangelhos, escritos cerca de 70 anos depois da morte de Jesus, foram escritos em grego.


O conceito de uma entidade criadora do Universo - a que se convencionou no Ocidente chamar DEUS, é a tentativa de explicar a Criação, os ciclos, leis da natureza e seus mistérios.

As eternas perguntas de quem se sabe efémero.


Mas quem é Deus? -quem define Deus? -onde é que ele está? -o que se sabe da criação? -Deus é Homem ou Mulher?


Aqui começa a dualidade inevitável e que se mantém, mais ou menos sofisticada, até aos nossos dias, com dogmas, mistérios e fés cegas que nos salvam, no Ocidente.

As filosofias orientais, não dualistas, baseiam-se na experiência da complementaridade dos opostos, dito isto de forma simplista.


E cada cultura que foi surgindo pelo mundo, ocidente, oriente, criou o seu próprio mito da criação, uma necessidade básica de dar um sentido à finitude: criar o seu conceito da Eternidade.


Estas expressões mais-ou-menos populares (não podes servir dois senhores, não podes estar de bem com deus e com o diabo, etc) dizem muito sobre o tema que hoje me traz à reflexão.


Não me parece que para bem de uma personalidade com convicções fortes se possa estar em comunhão com Deus e o Diabo, as escolhas definem-nos, as não escolhas também. ‘’Há que tê-los no sítio’’, perdoem-me este aforismo um pouco vulgar.


A vida implica que tomemos decisões constantemente. Estamos, portanto, constantemente em confronto com as nossos ideias, ideais e crenças. Mesmo quando não pensamos nisso de forma consciente. A forma como tomamos decisões ou nos deixamos levar pela vida, pelas circunstâncias, determina a nossa personalidade.


É certo que estas decisões muitas vezes destroem-nos durante algum tempo, porque a decisão implica que um caminho não é escolhido e é o caminho não escolhido que muitas vezes nos pesa sobre os ombros, imaginando-o mais certo e benéfico em relação ao que tomámos.


E sobre isto ninguém saberá nunca. Levar os caminhos não seguidos ou as decisões não tomadas aos ombros e de forma permanente pode ser tão ou mais doloroso do que o sofrimento que de facto se vive no caminho que está de facto a ser experienciado.

Ora, quando a escolha é entre o Mal fazer e o Bem querer e é tomada de forma consciente com carácter, não há intermédios nem duplas escolhas: aqui não há lugar para os Cinzentos.


O melhor dos dois mundos não existe, as escolhas definem-nos e elas existem para isso mesmo, para encontrarmos o lugar a que queremos pertencer.


AINDA falta muito para chegar onde eu quero: tudo é experiência, o BEM e o MAL em si mesmo não existem como Entidades: somos nós que ao agirmos contra as Leis da Natureza que criámos essa dicotomia.

E depois não aguentamos as consequências.

A Integridade não é dualista, está em consonância com o Universo.




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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