Com o nome científico Aloysia triphylla, a Lúcia-lima, também conhecida por erva-luísa, é uma planta perene originária da América do sul. Pode atingir até 7 m e floresce de Maio a Junho. Tem um aroma semelhante ao do limão, com folhas lancetadas de cor verde-pálida e flores com tonalidade branca ou lavanda.
As folhas e as flores têm propriedades antiespasmódicaa, antioxidantes, anti-inflamatórias e antipiréticas, ajudam a combater a letargia e constipações. É também rica em flavonóides (compostos antioxidantes, antivirais, antibacterianos e anti-inflamatórios) compostos fenólicos (um grupo de antioxidantes não enzimáticos que combatem os radicais livres) e óleos essenciais.
Auxilia no tratamento de cólicas intestinais, diarreia ou excesso de gases e é, também, indicado para casos de má digestão, cólicas, infecção urinária, asma, febre, enxaqueca, insónia e dores musculares.
Quando usada com a tília e a hortelã-pimenta, das quais falarei em breve, tem um efeito tranquilizante, ideal para casos de stress, ansiedade e depressão.
Deve ser evitada durante a gravidez e amamentação.
Pode cozinhar as folhas, à semelhança com as folhas de espinafre ou usar para aromatizar saladas. As folhas são perfeitas para fazer uma infusão e beber como chá. Neste caso, coloque 1 colher de sopa de folhas numa chávena, ferva água, deite na chávena e deixe repousar por 10 minutos.
A lúcia-lima gosta de estar completamente exposta ao sol, num solo bastante húmido. É sensível ao frio, o que faz com que perca as suas folhas, embora consiga conservar o tronco.
Pode plantar por intermédio de sementes e estacas, no exterior durante a Primavera ou início do Verão. Tenha cuidado como o frio, especialmente com o primeiro Inverno.
Também pode secar as folhas e usar como aromatizador natural, o aroma dura anos.
Quando eu era pequena a minha avó dava-me muito este chá à noite, chamava-lhe chá de limonete...só de nomear esta palavra vem-me o cheiro e a figura da minha avó à memória.
