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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Sobre a maldade e a bondade

SOB um ponto de vista redutor, a neurologia explica-nos bioquimicamente que cada pessoa tem potencial para praticar a bondade e a maldade. O comando é mental, o SER e estar é espiritual, a interface entre o Espírito e a biologia é o software dos neurotransmissores cerebrais.


Cada um de nós manifesta ambas em diferentes proporções de acordo com a herança genética a qual pode ter outros nomes, o ambiente, o contexto e as variáveis.

A diferença entre todos está no filtro, no superego ou EU SUPERIOR: um dos três componentes da formação da personalidade, segundo Freud que representa de forma genérica a percepção do sistema moral que vamos absorvendo no ambiente em que estamos inseridos, principalmente a partir das normais parentais. Trata-se da última instância do aparelho psíquico mental a organizar-se no ser humano, isto falando de um ponto de vista estritamente mental e ocidental.


Há assim para o ocidental que vive em regra num sistema de valores dual, vários tipos de maldade, mas aquela que pessoalmente e enquanto médica mais me angustia é a que acontece de forma repetida entre pessoas com vínculos muito próximos, como pais e filhos. Todos cometemos erros, a diferença está entre quem se arrepende e quem toma atitudes no sentido de provar esse arrependimento e tentar reverter as consequências e os que continuamente cometem os mesmos erros, causando sofrimento e doença.


No fundo, viver dezenas de anos sob violência emocional, psicológica ou física causa um sofrimento que se sentirá internamente, nos órgãos, a não ser que a vítima crie um mundo interior que a desloque da realidade, que a vítima pare e saia do círculo vicioso da dor e do sofrimento ou que seja uma pessoa alexítica, ou seja, uma pessoa incapaz de identificar emoções, apesar de as sentir, principalmente no campo físico.


Em situação de abuso e de maldade continuada, saia ao primeiro sinal. Se não puder sair, peça ajuda mas não normalize. Todos somos capazes de provocar dor e sofrimento mas provocá-lo conscientemente é uma escolha que prova uma índole onde o mal ganhou ao bem, a maldade, seja ela sob a forma de narcisismo, sadismo, psicopatia, maquiavelismo ou outra é uma escolha. Quem comete a maldade, principalmente para com os entes mais próximos, pode pedir ajuda para parar, mas é preciso antes reconhecer e querer mudar de pólo.

Ou então torna-se ele mesmo, num psicopata.




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©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

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