O dinheiro foi criado pelo homem, é manipulado por ele mas é ele quem governa. Trata-se de um deus adorado por todos e que facilmente trazem com ele a ambição, a ganância, o poder e o controlo.
Praticamente todas as decisões políticas se fazem tendo em conta o dinheiro, que é curto para tudo o que merece o investimento e largo para uma elite favorecida - favorecimento que a torna poderosa e rica e continuamente a precisar de alimentar esse estatuto. É um círculo!
Trabalhando eu num hospital, constato três coisas simples: primeiro é que a indústria alimentar não se interessa pela saúde, mas por vender e fidelizar clientes, segundo que a indústria farmacêutica não interessa o que as pessoas comem e terceiro que as pessoas não têm formação, informação, capacidade ou vontade de cuidar de si mesmas antes de chegarem a um ponto de doença fortemente instalada.
Juntando a isso as tortas decisões políticas que afectam os hospitais, os profissionais de saúde...sem falar na inexistente aposta na prevenção, na informação e na cultura.
É urgente, considerar a saúde, a par com a cultura e com a educação pólos essenciais na construção de uma sociedade. É aqui que reside a chave para uma sociedade mais igualitária, mais justa e mais equilibrada. Se todos tivermos mais e melhor acesso à saúde, à cultura e à educação o dinheiro não será o cerne da vida, mas, por um lado, a chama vital da criação e, por outro, o crescimento espiritual que implica necessariamente o cuidado da minha energia, do meu corpo e dos que amo.
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