O dióspiro, com o nome científico Diospyros kaki, é um fruto com origem na China, cultivado desde o século XVII. Actualmente já é cultivado em muitos países, como Brasil, Itália, Espanha e Portugal, principalmente na zona do Algarve.
Normalmente o dióspiro é colhido entre os meses de Outubro a Dezembro, quando o fruto atinge uma cor amarelada, alaranjada ou avermelhada. Tem uma pele sensível e pode ter duas variedades, uma mais mole que pode ser comido à colher e outra mais dura, para roer.
O dióspiro é muito nutritivo, com alto teor de antioxidantes e com alto poder anti-inflamatório. É rico em cálcio, ferro, fósforo, potássio, magnésio, cobre, vitamina A, C e K. É um fruto rico em açúcar, por isso é muito doce e tem um sabor característico. Pode ser consumido ao natural, desidratado, assado ou integrado em receitas de bolos, gelados, saladas, sumos e batidos. É benéfico para a visão, pele e crescimento dos ossos e indicado para combater o colesterol LDL.
Além de nutritivo e com baixo teor de gordura, é óptimo para combater os radicais livres que causam muitas das doenças degenerativas que conhecemos e o envelhecimento. O dióspiro é uma excelente fonte de fibra e por isso mesmo ajuda a controlar o peso, a controlar a ansiedade por comer doces, melhora a digestão e ajuda a prevenir a constipação e a gripe. Além disso, é rico em água e fibras solúveis, como as pectinas e mucilagens (já falei deste tema no blogue).
Para conservar o dióspiro, evite colocá-lo perto de outras frutas, já que fica maduro muito rapidamente. Quando comprar, evite dióspiros com manchas na pele, prefira os que têm o pedúnculo e que estejam maduros. O dióspiro maduro tem um sabor menos adstringente (o que se deve à presença de taninos, que diminuem quando o fruto está maduro). Não se assuste com o elevado teor de açúcar. Quem faz uma alimentação correcta, do tipo Kousmine, não tem de se preocupar com um fruto que apesar de doce, é composto na sua maioria por água.
(Vale mais um dióspiro do que uma bica com adoçante e um queque.)
