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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Sobre o medo


Quem se recorda do conto sobre Hensel e Gretel certamente percebe que a alegoria do medo está presente: o medo da solidão pelo abandono dos pais, o medo da fome e depois o medo da morte em casa da bruxa má que antes representara a esperança de abrigo na floresta onde estavam perdidos.

Hensel tinha fé e esperança, acreditava que acontecesse o que acontecesse a provisão divina haveria de os encaminhar. Hensel representa a coragem perante o medo, que pode ser mestre ou carcereiro.


Somos ensinados a recear desde o primeiro dia, receamos os outros que são diferentes, receamos perder o que temos e receamos nunca alcançar o que desejamos. O medo faz com que prescindamos dos nossos valores, privacidade, sonhos e crescimento.

Não encaramos uma nova perspectiva de vida pelo medo do insucesso ou da perda. Permitimos que tudo o que fazemos seja vigiado (contas, telemóveis, computadores, passeios de carro, tudo, absolutamente tudo) em nome de uma segurança ilusória e aparente. Quem nos vigia e controla cria os nossos inimigos, fantasmas e sombras a temer.


Tememos a vida e a morte, tememos a doença e a cura, tememos a fome e a comida. A crença temerária a Deus e ao Diabo da tradição judaico-cristã molda-nos a tenacidade e a coragem. Como dizia Osho 'A vida começa quando o medo termina'. O medo é um mestre que nos ajuda a reconhecer o nosso limite e é esse limite que ora devemos respeitar ora devemos ultrapassar, de acordo com as situações e com as nossas capacidades.




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