Com origem no calendário pastoral, os antigos Celtas, comemoravam o Samhain (terminologia Irlandesa moderna para o mês de Novembro) no final de Outubro e início de Novembro, com duração de 3 dias. Para eles o Samhain representava a celebração do Novo Ano já que consideravam o ano dividido em época de luz e época de sombra, honrando, também, a mudança de estação. Isto no caso do hemisfério norte, já no sul a comemoração aconteceria por volta do dia 1 de Maio.
No Samhain comemora-se com fogo e honram-se os ancestrais e ao mesmo tempo as crianças que estão por vir, honra-se o velho e comemora-se o novo. A morte e a vida, o que foi e o que virá. A dualidade da sombra e da luz que não existem separadas e só existem porque a outra existe.
Com uma relação muito forte com a natureza e com as características de cada estação, a sociedade desta época organizava a sua vida tendo em conta o clima e a agricultura. Abrigo, alimentação e protecção eram certamente as maiores preocupações. Antes do Inverno fazia-se a colheita, reunia-se alimento e preparava-se abrigo para os animais. Nesta época acreditava-se também na existência de um mundo espiritual paralelo ao humano vivo e acreditava-se que nesta altura da entrada da sombra a separação destes dois mundos ficaria mais ténue permitindo, o contacto com este mundo paralelo e até o cruzamento de energias.
Acredita-se que o Halloween seja uma adaptação deste festival, recorrendo à tradição irlandesa de transformar uma abóbora, dando-lhe rosto e luz, de forma a iluminar o mundo das sombras, honrando-o mas afastando-o.
foto: pintura da Roda do Ano do Museu de Witchcraft, Boscastle.
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