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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Sobre os cogumelos

(Fonte: Curso Método Kousmine para Médicos, Itália 2017)



História


Muitas espécies de cogumelos medicinais têm sido usadas há milhares de anos na medicina popular: os egípcios associavam-nos à imortalidade. A pesquisa científica concorda que os cogumelos são responsáveis ​​pelo fortalecimento do sistema imunológico e pelo reequilíbrio metabólico. No Ocidente, durante séculos descritos como nocivos. Na antiga Roma e na Grécia, considerados símbolos da vida, mas cercado por um halo de lenda. Na Idade Média, eles estavam associados ao diabo. Na América Centraleram considerados "carne dos deuses". A variedade Psylocibe- fungo alucinogéneo de uso cerimonial e em rituais mágicos, agonista parcial da psilocina- dos receptores de serotonina. No Sahara, há evidência do uso de cogumelos alucinógeneos no período paleolítico.

No Oriente, China, Rússia, Europa Orientalforam sempre muito usados como alimentos e como medicamentos.

A variedade Amanita Muscariaera usada pelas populações siberianas. Em TCM (Medicina Tradicional Chinesa) no tratado "Shen Nong Ben Cao" entre as plantas adaptogénicas são relatados 4 cogumelos: Reishi, Cordyceps, Poria Cocos, Umbellatum Polyporus. Sabe-se que há certas variedades de fungos que são modificadores de resposta biológica (BRM).

De uma forma geral os cogumelos tem uma acção tónica no organismo e reforçam a imunidade. Há, no entanto, algumas espécies que têm determinadas particulares e são úteis em determinadas patologias como terapêutica adjuvante (suplementação com este tipo de integradores). Os cogumelos são grandes ''desmontadores moleculares e grandes recicladores", restabelecendo pontes entre plantas, fungos e animais. Contêm quitina e não celulose, reproduzem-se por esporos e não por sementes. Não possuem clorofila (ausência de fotossíntese) e caracterizam-se pela ausência completa de tecidos diferenciados e elementos condutores. São heterotróficos e absorvem nutrientes após a secreção enzimática e a digestão extracelular. O micélio é a forma vegetativa permanente, composta de hifas uni ou multicelulares. São bons para o equilíbrio do ecossistema, recuperação ambiental, adubação do solo, retenção de água no solo, crescimento das árvores (simbiose). Os cogumelos contêm componentes de todos os aminoácidos essenciais, enzimas, vitaminas, minerais (Ge e Va) polissacarídeos e glicoproteínas, esteróis, lectinas, tri-terpenos (anti-infecciosos e antiinflamatórios). São, portanto, indicados no reforço do sistema imunológico: têm acção imunomoduladora e adaptogénica, prebiótica, antiviral, antimicrobiana (acção directa e indiretca), antioxidante (aumento de SOD, catalase, GSH) e têm, ainda, um efeito hepatoprotector e metabólico.



Espécies usadas em farmacologia, autorizadas pela OMS:

1. CORDYCEPS SINENSIS: cogumelo fortificante, fonte da juventude (DHEA), tónico dos pulmões e rins (MTC) antioxidante, indicado para o stress e fadiga. Contém nucleosídeos, análogos hepatoprotectores e antifibróticos. Inibe a replicação viral (RNA vírus), protector neuronal, regulador do eixo adrenérgico e dopaminérgico. Anti-hipertensivo, regula o ritmo cardíaco; anti-inflamatório muscular, aumenta a energia celular (ATP) e o uso eficaz de oxigénio. Diminui o colesterol LDL, regulariza a glicémia e aumenta a sensibilidade periférica à insulina.

foto retirada do site: www.seattleglobalist.com





2. AGARICUS BLAZEI MURRIL: contém beta-glucanos em alta concentração, estimula a resposta imune celular e humoral. Provoca danos directos nas células tumorais, aumenta dos linfócitos T citotóxicos. Regula os genes envolvidos na resposta antitumoral. A blazeína induz a apoptose in vitro. Produz Ergosterol com ação antiangiogénica. Protege o fígado e o baço. É antioxidante, estimula a síntese de ubiquinona. Quelante de metais pesados (Cd, Hg, Al, Pb). Tem propriedades anti-inflamatórias, antivirais, anti-infecciosas. Promove a restauração de um perfil lipídico correcto. Na prevenção de processos ateroscleróticos; melhora a sensibilidade periférica à insulina, suporte em terapias oncológicas e doenças autoimunes. Associar (não substituir) ao coprinus na diabetes, reishi na tireoidite, hericium na esclerose múltipla.

foto retirada do site: http://www.naturovaloris.it




3. CORIOLUS VERSICOLOR: tipo de cogumelo muito popular e muito usado nas terapias complementares das doenças cancerosas. Cresce em pinheiros. Tonifica o rim e a bexiga e alivia a fadiga (síndrome de fadiga crónica). Antivírico (EBV, HSV, HPV, CMV). Estimula os Th1. Tem, potencialmente, efeitos antimetastáticos (ajuda a prevenir a disseminação à distância do cancro) e proapoptóticos. foto retirada do site: http://www.naturovaloris.it


4. GANODERMA LUCIDUM REISHI: cogumelo da imortalidade, cogumelo de 10.000 anos, planta do espírito. Cresce em ameixoeiras. Possui 400 compostos activos e Ge em altas quantidades, nucleosídeos e ácido oleico. Dá energia ao coração, fígado, rins, baço e pulmão. Antioxidante, activa enzimas mitocondriais, neutraliza metais pesados. Protege, ainda, os neurónios dopaminérgicos, retarda a perda de memória e aumenta a performance cognitiva.

foto retirada do site: www.medicalmushrooms.net


5. GRIFOLA MAITAKE: rei dos cogumelos. Conhecido como cogumelo que dança, cresce em faias e carvalhos e é cultivado no Japão desde 1981. Tem acção imunológica e metabólica. Actua na Angiogénese antitumoral, pró-apoptótica, inibitória, atividade anti-metastática associada à vit C. - Antivirico (HIV, hepatite c), antidiabético, sensibiliza os receptores celulares da insulina. Combate o ganho de peso (obesidade andróide). Síndrome metabólica e doenças cardiovasculares, associado ao coprinus e cordyceps. Hipocolesterolémico, não diminui o HDL. Inibe a síntese de triglicerídeos e a acumulação de tecido adiposo no fígado, reduz a fome nervosa. Acção hipotensiva vagotónica. foto retirada do site: www.medicalmushrooms.net


6. POLYPORUS UMBELLATUS: cresce em raízes de faias, bordos e carvalhos. Tropismo para o sistema linfático, trato urinário e pulmões. Atividade antiviral e antiprotozoária. Informação adaptada do curso 'Método Kousmine para Médicos', Itália 2017 foto retirada do site: www.first-nature.com



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