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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Sobre Rita Lee

Há dois dias recebemos a notícia da morte da artista brasileira Rita Lee e apesar das muitas polémicas que a envolveram, creio que vale a pena recordar o espírito criativo, indomável e completamente fora da norma,da Rita Lee.

Numa sociedade que padroniza e formata pessoas,é refrescante assistirmos a personalidades que independentemente do meio onde actuam, se afirmam autênticas e irreverentes. É mais de que uma espécie de crença , será uma certeza, na capacidade criativa de cada alma que desce à Terra.

Uns passam uma vida a tentar perceber quem são e como podem viver no mundo, outros, privilegiados ou lutadores natos, conseguem, cedo ou tarde, evidenciar-se e conseguir a atenção do mundo, ainda que muitas vezes tal lhes passe ao lado.

Rita Lee viveu segundo as suas próprias regras, sem medo, privilegiada por um ambiente familiar favorável ao seu desenvolvimento intelectual e pessoal. Assumiu sem pejo um comportamento moral questionável, mas era franca quando o fazia, de forma muito honesta e sincera, admitindo até os seus erros e idiossincrasias.

Como qualquer corpo tem, teve o seu fim na terra mas deixou uma obra que ficará e marcará, espero que mais do que a sua personalidade. O culto de personalidade leva ao problema do fanatismo e ao endeusamento o qual se vai desviando da realidade, principalmente quando se trata de uma pessoa que já morreu.

Já a obra é símbolo de uma época, de um carácter e de uma tentativa de comunicação. O mundo também precisa dos excêntricos, dos corajosos e dos que assumem a sua diferença em relação à norma.

Por curiosidade, Rita Lee assumia-se comedida, pintava o seu cabelo e não frequentava centros comerciais. Era vegetariana e defensora dos animais. Até ( senão ) a maioria dos excêntricos tem bom coração.




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