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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Sobre Susan Sontag


Susan Sontag (1933-2004) foi uma escritora americana que tem sido tão estudada e citada, principalmente, a propósito dos seus ensaios sobre a cultura moderna, que já é considerada uma das intelectuais mais influentes da segunda metade do século XX. É autora de 17 livros, traduzidos em mais de 30 línguas.


Estudou literatura inglesa e filosofia e foi professora de filosofia. Publicou romances e ensaios e destacou-se, também, como activista na defesa dos direitos das mulheres e dos direitos humanos. Desde sempre interessada por jornalismo, cinema e fotografia, acabou por ser correspondente no Vietnam em 1968, experiência que a marcou e que a fez reclamar valores pacifistas e humanitários. 25 anos mais tarde, em 1993, desloca-se à Bósnia Herzegovina para alertar o mundo do massacre que a guerra civil estava a provocar.


Para percebermos a grandiosidade da acção deste mulher, transcrevo as palavras do biógrafo de Susana Sontag, Benjamim Moser, autor do livro ''Sontag: Vida e Obra.''

''Susan Sontag estreou, num abrigo sem eletricidade em Sarajevo, uma encenação de "À Espera de Godot", de Samuel Becket. Tinha 60 anos, estava no meio de uma guerra e não queria ser apenas uma turista, não queria só ficar a ver. A arte foi a sua maneira de intervir. "As pessoas riram-se dela, não entenderam porque é que aquela 'velha louca' estava a fazer aquilo - as pessoas acham que a guerra se ganha com armas, mas Susan dizia que não só."


A nível pessoal Susan Sontag era conhecida por sentir cosmofagia, uma espécie de vontade de 'comer o mundo' o que também acontecia na sua vida amorosa. Foi casada e teve um filho e depois disso teve vários relacionamentos com homens, embora os mais significativos tenham sido com mulheres, o último e mais conhecido foi com a fotógrafa americana Annie Leibovitz, que aliás a fotografou na cama do hospital já doente e antes de morrer.


O último livro de Susan Sontag ‘Diante da dor dos outros', aborda o impacto que as fotografias sobre a 1ª Guerra Mundial causava no público naquela altura. Pela primeira vez assistia-se à morte (dos outros).


O livro está disponível em digital aqui.


Termino com citações, algumas polémicas, da escritora sobre as quais vale a pena reflectir:


''As únicas respostas interessantes são aquelas que destroem as perguntas”


“Literatura é liberdade.”


“Os homens gostam da guerra. Ela exerce uma eterna sedução sobre eles, pela intensidade da experiência, pela oportunidade de fugir ao marasmo da vida familiar.”


“A inteligência é uma espécie de paladar que nos dá a capacidade de saborear ideias.”


“A coragem é uma virtude moralmente neutra.”




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