O ser humano começou a comunicar entre si com sons, gestos e pinturas mais ou menos rupestres, depois e à medida que se sedentarizou, aprumou gradualmente a linguagem e desenvolveu a capacidade de escrever. Enfim, nos últimos 150-200 anos começou a desenvolver técnicas variadas e que lhe permitiram ultrapassar o moroso e árduo trabalho dos estafetas; desenvolveu vários tipos de telégrafo e depois o 'telégrafo-falante', ou seja o telefone. Daí até esta época foi um ápice.
Agora estamos na época de computadores de bolso, que usamos para muitas coisas mas menos para telefonar. Mais que nunca, agora é necessária cautela para não acharmos que a vida passou a ser vivida através do ecrã e imposta pela legislação sobre as pandemias; desde reuniões, a trabalho, a ensino, a encontros familiares.
Há muitas coisas que há muito tempo poderiam ser facilitadas, como o acesso a formação online, portuguesa e estrangeira, a pessoas que vivem longe das universidades e mesmo assim querem ter formação académica.
Mas não é isto que está a ser feito, o online deveria ser um complemento e uma opção quer a nível académico, profissional e social (no caso de pessoas que estão distantes) mas não deveria funcionar como substituição da vida social e afectiva. Não deveria, mas é neste mundo que iremos viver, não se iludam.
Apesar dos benefícios e das contingências devido à pandemia, não estamos preparados para uma vida de écrãs, principalmente quando a maioria das crianças e dos adultos já passam horas em frente do televisor, telemóvel, consolas de jogos, computador, tablets, etc.
Há crianças que comem e andam de carro a olhar para um tablet que as distrai da vida. E isto acontecia muito antes de haver pandemia.
Neste tempo de maior contacto com luzes azuis que têm efeitos adversos no descanso e no desempenho, permita-se momentos para desligar e dedicar-se á cozinha, à leitura, à música e à brincadeira com os seus filhos. O equilíbrio é fundamental para a estabilidade emocional e física.
Adopte uma rotina: chega a casa, toma um duche, faz 15min de alongamentos ao som de uma música relaxante e depois vá para a cozinha e invente com o que tiver em casa, uma bela refeição, mais pobre ou mais rica, mas invente...desligue a TV NÃO VEJA as NOTÍCIAS, não diga mal dos próximos. Desligue os telemóveis e computadores e escreva um diário num caderninho bonito, date e assine: vai ver que daqui a um ano sorri de si e da vida...
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