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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Tempo para comer ou comer com tempo


Quem come sem hora marcada ponha o dedo no ar? Pois é, parece que 'afortunadamente' alguns de nós já não comem para viver. Fazem do dia e da vida, um sem número de obrigações, deveres para serem cumpridos depressa e com pressa e se possível, bem. Quantas vezes já ouvi 'só tenho 5 minutos para comer'. Quantas vezes não tomamos um café para enganar a fome? E saltamos o pequeno-almoço? E comemos demais ao jantar, agarrados ao telemóvel, sentadinhdos em cima de um estômago sobrecarregado?


Admira-se por ter reflluxo? Eu até acho normal ter refluxo, hoje em dia, praticamente toda a gente tem...Esquecemo-nos que se trabalhamos, também é para comprar comida e portanto, comer deveria ser um momento alto no dia, com pausa merecida e relaxada. O sistema laboral deixa muito a desejar neste aspecto.

Ainda se lembra da última vez que comeu calmamente, recordando o sabor dos alimentos? Talvez nas férias? Teve férias? Sim, deveria comer sentado, com calma, a olhar para o que come e a saborear cada garfada. De preferência acompanhado de um copo de água e claro, de boa companhia para que o assunto seja leve e bem disposto.


Infelizmente na nossa sociedade o trabalho impõe, muitas vezes, o ritmo e o horário. A fome é uma necessidade que nos faz perder tempo. Não me surpreende que qualquer dia tomemos comprimidos para suprimir a fome (ah espere, já existe algo do género). E depois espantamo-nos por estarmos gordos, inchados e flatulentos... mas eu como tão pouco, dizem-me...a maioria dos pacientes que vejo têm peso a mais e estão paradoxalmente desnutridos...A bendita hipoglicemia basal que os faz desmaiar impede-os de se reeducarem...


Já gritou com o seu filho ou fez alguma 'ameaça' ou chantagem para que comesse e comesse rápido? Penso que todos nós o fizemos de algum modo, algumas vezes, mas repetir este comportamento, torná-lo um padrão, é errado... Talvez não seja a melhor forma de criar uma pessoa saudável com 'boa relação' com a comida e com a hora da refeição. Casos patológicos à parte, tente se puder, experimente mudar de estratégia e colocar-se no lugar dele. Experimente pedir ao seu filho ajuda para preparar a refeição, conversar com ele sobre os alimentos que está a ingerir e pedir a opinião dele sobre o que mais gosta e perguntar porquê. E, claro, explicar como os alimentos são importantes para um corpo forte e saudável.


Muitos problemas de saúde poderiam ser evitados se a mastigação e a postura fossem melhoradas. Da próxima vez que se sentar à mesa (sente-se sempre, por favor) pense nisto.




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