top of page
  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Transição de uma dieta carnívora para uma dieta vegetariana

Quem não é vegetariano e quer sê-lo, não pode pura e simplesmente deixar de repente de comer carne e peixe e depois dizer que é vegetariano...tem de saber como fazê-lo: tudo tem regras e neste caso tem bastantes e depende da condição individual de cada um.

Conheço algumas pessoas vegans por motivos apenas espirituais, outras por apenas motivos ligados à bio-ética animal ,outras por questões ambientais, mas a maioria muda apenas por questões de saúde...não está errado...mas dependendo das doenças que a fizeram mudar, a transição teria de ser sempre feita caso a caso e com a suplementação correcta.

Para os detractores do veganismo e do vegetarianismo por alegadamente terem carências várias...respondo liminarmente que na minha já longa carreira médica todas as pessoas que tratei com suplementos de ferro por anemias graves eram carnívoras...e um largo etc...que não cabe aqui explicar...



Como fazer a transição de uma dieta carnívora para uma dieta vegetariana:


1) Se consome habitualmente cereais refinados (arroz branco, pão branco, esparguete branco), comece por adicionar lentamente cereais completos, como arroz integral em vez de arroz branco. Os componentes dos cereais integrais reduzem o apetite por carne...por incrível que pareça. 2) Evite também produtos que causem desmineralização e perda de nutrientes, como o açúcar refinado, o pão branco (incluindo o chamado pão de mistura ou bola), esparguetes e massas brancas. Comece a usar algas, que são muito ricas em minerais.

3) Opte por mais vegetais, quer crús, quer cozinhados, combinados com pequenas porções de carne/peixe. Sopas e caldos são estupendos nesta fase pois "dispersam" as toxinas concentradas na carne.

4) Primeiro reduza o consumo das carnes vermelhas (mamíferos), só depois de parar totalmente a carne é que começa a reduzir o peixe - INICIAR nesta fase, o consumo de proteínas vegetais - explicarei depois como, mas será caso acaso sempre e de acordo com a condição individual de cada pessoa.

5) Reduza também o consumo de leite e derivados e ovos - misturar lacticínios e ovos com cereais integrais e leguminosas induz fermentações desagradáveis no intestino (que está numa disbiose em correcção), o que faz com que se sinta mal, enfartado...

6) Para tornar a transição mais suave, será melhor e mais fisiológico comer de vez em quando pequenas quantidades de carne do que comer uma vez por semana uma grande quantidade...

7) Apenas pequenas quantidades de carne/peixe (muitas vezes nenhuma, de todo) poderão ser necessárias - se a pessoa em questão for mentalmente estável e fisicamente saudável e estiver motivada...continua brevemente esta explicação.




Numa primeira fase e como regra geral (pode haver excepções caso a caso) consumir cerca de 100 grs /dia de proteína animal. Os timings variam, há pessoas que nem precisam desta fase, há outras que a prolongam por meses...ou anos...

Começar a consumir cereais integrais, leguminosas e oleaginosas cerca de 150 grs a 200grs /dia,bem combinadas e correctamente cozinhadas.


Exemplos: feijões, lentilhas, ervilhas, grão-de-bico, tempeh, tofu, quinoa, amaranto, millet... as proteínas vegetais têm a grande vantagem de não consumirem as reservas de cálcio do organismo.







105 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
  • Facebook
  • Instagram

 

 

©  2024 por Medicina Integrativa Dra. Fátima Santiago

bottom of page